Ontem, 4 de julho, dia da independência do país de Obama, muitas coisas aconteceram no Coelho´s. A primeira coisa que se há de registrar foi o reingresso triunfal de Joana Belarmino e seu bom humor de sempre. Adentrou o recinto acompanhada de nossa discreta cúmplice Gláucia Lima, cantora que, quando solta a voz com uma beleza na alma, emociona. Eu mesma já tive oportunidade de me emocionar várias vezes com o som glauciano dizendo acorde, acorde, estou aqui pra cantar. Há que se registrar também as presenças de Vivi e Bonifácio que, ultimamente, vêm retomando o gosto de nos freqüentar, para nossa alegria. André Ricardo chegou tarde, já noite plena, atrasado por estar sempre, nos horários de reunião, embevecido trocando e comprando filmes em dvd na calçada do Shopping Sul, coisa perfeitamente perdoável nesses tempos de pirataria geral. Alfredo Quadros também esteve na reunião, constantemente empolgado com a Ponto, revista do Clube do Conto, cujo novo formato foi concebido pelo próprio Alfredo. Cartaxo e Laudelino passaram meteoricamente pelo Coelho´s, somente para matar saudades. Tinham compromissos outros.
Neste segundo parágrafo, registra-se um fato inédito acontecido na última reunião do Clube do Conto: não houve contos. Pelo visto, temas como maconha, revista e outros temas sérios, decididamente, não empolgaram. Ao invés de contos, tivemos algumas leves discussões sobre filmes, romances, falamos sobre personagens que passaram pelo Clube do Conto, alguns deixando marcas, outros saindo marcados. Como sempre, Barreto foi lembrado enquanto personagem que deixou marcas profundas. Figuras inesquecíveis foram citadas com acentos de saudades, por suas prolongadas, inexplicáveis e misteriosas ausências. São os casos de Cláudio Rodrigues, Pepita Cavalcanti e Ramon Limeira, meu primo em terceiro grau. Tragado pelo Correio das Artes, Antônio Mariano é outra figura que, quando falta, faz falta. Outros e outras foram lembradas na reunião de ontem, mas o espaço deste parágrafo não comporta tanta gente.
Passando agora ao terceiro item desta ata (aliás, eu não sabia que existiam parágrafos em atas), passo a relatar que: dando prosseguimento à velha campanha “Esqueça um Livro”, eu, Dôra Limeira, levei dois livros para o Coelho´s com a finalidade de esquecê-los por lá. Já estava cansada de deixar livros em bancos de praça, em agências bancárias, em aeroportos, em mesas de restaurantes e ter que aturar as pessoas correndo atrás de mim para me devolver e me dizer desculpe, senhora, a senhora esqueceu este livro. Diante do exposto, decidi que o único lugar onde provavelmente as pessoas não devolveriam os livros encontrados seria o sanitário. Enquanto se “aliviassem” ou “obrassem”, é possível que as pessoas folheassem o livro e quem sabe levassem para casa. A idéia dessa campanha, logo batizada por André Ricardo de “Literatura na Privada”, teve ampla aceitação e imediatamente foi posta em prática. Com dedicatória “a você, que encontrou este livro, etc...” de imediato seguiram para os sanitários feminino e masculino do Coelho´s dois livros de bom gosto: um livro de contos e uma obra de crítica literária. Na dedicatória, foi solicitado aos que acharem os livros que escrevam para meu e-mail dizendo se gostaram ou repudiaram. A amiga Vivi logo se dirigiu ao sanitário feminino com o livro de contos e Bonifácio levou o de crítica literária ao sanitário masculino. E seja o que Deus quiser. Minha sugestão é que a campanha se estenda a diversos pontos da cidade, seja em shoppings, cinemas, supermercados, teatros e até em espetáculos de ruas (nos chamados sanitários químicos). Pede-se a quem aderir à campanha “Literatura na Privada”, que deixem seus livros com dedicatórias e seus e-mails para que as pessoas possam mandar uma opinião. Será interessante que, no oferecimento, faça-se referência ao Clube do Conto como forma de nos divulgar. Agora, uma pergunta: o que vocês acharam da campanha?
Quanto ao tema para essa semana, foi sugerido e acatado “Clichê”. Por falar nisso, relendo esta ata do começo ao fim, verifico que não usei clichê algum. No mais, “sem novidades no front”.
Tenho dito, mas quem quiser dar o dito pelo não dito, que fique à vontade.
Abraço.
Dôra Limeira
Neste segundo parágrafo, registra-se um fato inédito acontecido na última reunião do Clube do Conto: não houve contos. Pelo visto, temas como maconha, revista e outros temas sérios, decididamente, não empolgaram. Ao invés de contos, tivemos algumas leves discussões sobre filmes, romances, falamos sobre personagens que passaram pelo Clube do Conto, alguns deixando marcas, outros saindo marcados. Como sempre, Barreto foi lembrado enquanto personagem que deixou marcas profundas. Figuras inesquecíveis foram citadas com acentos de saudades, por suas prolongadas, inexplicáveis e misteriosas ausências. São os casos de Cláudio Rodrigues, Pepita Cavalcanti e Ramon Limeira, meu primo em terceiro grau. Tragado pelo Correio das Artes, Antônio Mariano é outra figura que, quando falta, faz falta. Outros e outras foram lembradas na reunião de ontem, mas o espaço deste parágrafo não comporta tanta gente.
Passando agora ao terceiro item desta ata (aliás, eu não sabia que existiam parágrafos em atas), passo a relatar que: dando prosseguimento à velha campanha “Esqueça um Livro”, eu, Dôra Limeira, levei dois livros para o Coelho´s com a finalidade de esquecê-los por lá. Já estava cansada de deixar livros em bancos de praça, em agências bancárias, em aeroportos, em mesas de restaurantes e ter que aturar as pessoas correndo atrás de mim para me devolver e me dizer desculpe, senhora, a senhora esqueceu este livro. Diante do exposto, decidi que o único lugar onde provavelmente as pessoas não devolveriam os livros encontrados seria o sanitário. Enquanto se “aliviassem” ou “obrassem”, é possível que as pessoas folheassem o livro e quem sabe levassem para casa. A idéia dessa campanha, logo batizada por André Ricardo de “Literatura na Privada”, teve ampla aceitação e imediatamente foi posta em prática. Com dedicatória “a você, que encontrou este livro, etc...” de imediato seguiram para os sanitários feminino e masculino do Coelho´s dois livros de bom gosto: um livro de contos e uma obra de crítica literária. Na dedicatória, foi solicitado aos que acharem os livros que escrevam para meu e-mail dizendo se gostaram ou repudiaram. A amiga Vivi logo se dirigiu ao sanitário feminino com o livro de contos e Bonifácio levou o de crítica literária ao sanitário masculino. E seja o que Deus quiser. Minha sugestão é que a campanha se estenda a diversos pontos da cidade, seja em shoppings, cinemas, supermercados, teatros e até em espetáculos de ruas (nos chamados sanitários químicos). Pede-se a quem aderir à campanha “Literatura na Privada”, que deixem seus livros com dedicatórias e seus e-mails para que as pessoas possam mandar uma opinião. Será interessante que, no oferecimento, faça-se referência ao Clube do Conto como forma de nos divulgar. Agora, uma pergunta: o que vocês acharam da campanha?
Quanto ao tema para essa semana, foi sugerido e acatado “Clichê”. Por falar nisso, relendo esta ata do começo ao fim, verifico que não usei clichê algum. No mais, “sem novidades no front”.
Tenho dito, mas quem quiser dar o dito pelo não dito, que fique à vontade.
Abraço.
Dôra Limeira
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Participe das reuniões
As reuniões do Clube do Conto acontecem no Bar & Restaurante Coelho´s (no bairro dos Bancários - próximo ao Carrefour e ao posto Texaco), todos os sábados, a partir das 16h.
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4 comentários:
Dorinha, que ata excelente! Só faltou uma coisa. Vc não fez referencia alguma às narrativas minha e de Alfredo, que fizemos nossa exposição oral dos contos que não escrevemos! no resto, uma ata digna dessa sua escrituração gostosa!
A ata está fabulosa!
Ai! que ata maravilhosa! chega me apertou a saudade do Clube do Conto! gosto tanto de ouvir você e outros lendo seus deliciosos textos... com certeza eu sou uma das personagens que passou rapidamente mas saí marcada pelo brilhantismo de vocês! sinto falta de todos e pretendo voltar em breve! bjo
Dorinha, ata tão gostosinha quanto paçoca ou quanto aquele momento crucial na privacidade literária do banheiro, sabendo que tem papel higiênico para garantir a publicação da "obra". Adorei a ata e o sábado que, mesmo sem contos, contou a nosso favor. Beijão!
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