quinta-feira, 28 de abril de 2011

Estante virtual: Atas do Clube do Conto

Reunimos aqui todas as saudosas Atas do Clube do Conto publicadas virtualmente. Continuamos devendo a edição número 1. Clique no exemplar para visualizar. Lembrando que existe a opção de ampliar e de imprimir.





Pra quem não conhece, as Atas do Clube do Conto foram nossas primeiras publicações, datadas da época de 2005 a 2006, feitas com o intuito de divulgar nossa produção literária. Todos os exemplares foram editados por Geraldo Maciel, o Barreto.

domingo, 24 de abril de 2011

Enxadristas do conto

Ata referente ao dia 23 de abril de 2011.

O velho e bom xadrez e as peças desbotadas. Peões avançam na casa do conto. Rainha treme nas bases. Ninguém nota, mas aquela mesa com um tabuleiro e táticas de guerra é o cenário do Clube do Conto. Até porque, escrever um conto tem muito de jogo. Armamos ciladas, trapaças, reviravoltas. Tudo o que a arte de Capablanca tem. Começamos umas partidas depois que voltei da casa da rainha, ops, Valéria. Já a postos a nova Mayara, Joedson – que faz o soneto melhor que a emenda – e Beto. Logo a seguir, Ronaldo é resgatado do café (cavalo à esquerda da torre) e estamos com Laudelino, que completa um lance. Romarta pula duas casas e anuncia captura de contos. São lidos contos e trechos de romances em grandes diagonais. Beto anunciou para daqui a quatro capítulos o xeque-mate do sarau. Houve também lances de açaí. Houve conversas de todo o tipo, a título de abertura. E no mais, os sempre velhos recursos de escolher um tema, o que resultou em: Fábula. E assim termina a ata sem moral.

André Ricardo Aguiar

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Tem espaço pra mais uma ata?

Ata referente ao dia 16 de abril de 2011.

Um sorriso e boa noite. Tem espaço pra mais uma? Teeeem. Um coro responde. E que bonito. Gente pensante sorrindo, isso sim é uma arte em extinção. Ora da apresentação, bem breve, de leve, mas de coração. Valéria, dentro do eixo certo, me convida para sentar. Eu ouvia, atentava: tanta gente escrevendo bonito, a cada lida me alegrava. Só uma dúvida ficou no ar, sobre a história de Fernando e Osmar. Até agora não sei se eles foram até lá. E hoje, será que alguém virá?

Tiago, calado, do meu lado, escreveu um conto inacabado sobre o seu coração decretado. Laudelino chegou atrasado e entregou cartõezinhos pra compensação, uma boa dose de pensamento e ação. André, o leitor escolhido pelo grupo que quer se lido, mas não quer palavrear. Literariamente classificando, ele se punha a apresentar. Joedson, do lado de lá, recitou a coisa, mistério do “ao seu daqui não saio”. Confusão misteriosa, isso é que é sublimação. E Joana Belarmino, contou, e não trouxe o vinho, que tomou junto ao silêncio, personagem da contação.

Estavam próximos Cléber, Eli, Mariana e Vivi, ouvintes delicados das palavras que surgiam dali. Mas alguém resolveu cortar o cabelo. É isso aí, clube do conto é zelo e também boa educação: “volto já, se alguém quiser, pode ocupar meu lugar”.

Ainda teve a Norma, e a personagem filha de fada e de bruxo, era cada interessante absurdo, que teve também quem discordasse disso tudo. Aqui é assim, traz o conto que a gente aumenta e pronto. Beto trouxe o sarau, e ria quando ia explicar: o que é isso, escreveu e não dá pra contar? Desse jeito, o estagiário vai ganhar o seu lugar. Cartaxo, Gláucia e Luciana, olhares e vozes atentos à discussão, pensamentos que ensaiam a ação. E assim, ficou decidido um novo tema para a próxima reunião, mesmo diante da quase inexistente votação. Até Freud entrou na história sem convite ou permissão. E lá fui eu, a novata, a que vai fazer a ata. Dá um desconto Mayara. Esse é o clube do conto. Então pronto? Nem tanto. Só por enquanto.

Mayara Almeida

terça-feira, 12 de abril de 2011

Festa em ata

Ata referente ao dia 9 de abril de 2011.

De primeira, logo que cheguei ao Clube do Conto, me senti como numa festa em que tomei parte antes do anfitrião. Explico: André Ricardo Aguiar, que me convidou para o pleito, se atrasou. Fui recebido por Joedson e Betomenezes, que já me preveniram: “André quando diz que vem se atrasa, quando diz que se atrasa não vem”. Ri do jogo de palavras, primeira surpresa literária da noite, e só então percebi (pra ficar na metáfora da festa) que ali o protocolo podia se inverter e convidado chegar antes de convidante e surpresa ser entregue antes de se cortar o bolo. Este veio cheio de cobertura com o conto de Betomenezes, que repetiu o prato e encorajou Regina a fazer o mesmo. Dôra Limeira e Raoni estavam com um apetite mais moderado. À mesa, de olho grande, Eli, Carlos Cartaxo, Regina Behar, Norma Alves e o meu anfitrião que chegou (atrasado, mas chegou). Eu forrei o bolso pra levar um petisco pra casa: “Até nisso guerras e amor se parecem, num dia começam e noutro terminam. E disso há quem prospere” (trecho do conto de Beto). E por falar em amor e guerra, divergiu-se (afetivamente, é claro), a respeito da próxima antologia do Clube, mas ficou acertado que ao autor da frase citada ficará delegada a sua editoria. Concordou-se também que na terceira semana de maio o Clube realizará um evento inspirado no “Poesia Encenada” do Sesc, na Usina Cultural Energisa. Clubistas devem entregar seus contos a Cartaxo, que os encenará com sua turma de futuros atores da UFPB. Por fim, forrei também o outro buraco da calça e roubei um doce (agora de Dôra): “A saudade que levo não cabe no meu bolso, contratei um caminhão desses que pagam frete”. Até a próxima semana.

Tiago Germano

domingo, 3 de abril de 2011

ATA(DO) DO/AO CLUBE DO CONTO

Ata referente ao dia 2 de abril de 2011.

Laudelino logo disse que eu perdi
porém ganhei a aprovação de Joana
e a visão da linda Mariana
mas de novo fui feio aos olhos de Eli

mais uma vez Beto perdeu também
com o seu Sarau mas não foi tão mal
ao ler seu texto em honra ao galalau
André vitorioso com sua homenagem

às bagunças do grupo CAIXA BAIXA
com sua sacanagem à certa bruxa
que não era a de Cartaxo pois sem pressa

Norma e Caio não aumentaram um ponto
e pro xau o tema do próximo conto
é título meu: que porra é essa ?

Joedson Adriano