segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

uma ata que começa pelo fim

No último sábado, dia 24 de janeiro, cheguei no final da reunião do Clube do Conto, Barreto estava se despedindo de todos os participantes remanescentes: Valéria, Ronaldo Monte, Dôra, Cartaxo e, consequentemente, de mim. Depois, soube que houve a leitura de uns 5 ou 4 contos, um de Dôra, um de Valéria, um de Ronaldo, um de Cartaxo e o 5.º conto, se existiu, não sei se foi de Barreto ou mais um de Ronaldo, fato que deve ser averiguado. Nós, os participantes remanescentes, ainda fizemos uma horinha extra, comemos uma fava, conversamos sobre bebidas, religião e, mais uma vez, a respeito da lendária antologia, que está prestes a deixar de ser lenda, os exemplares já estão sendo impressos em alguma gráfica verdadeira. Ficou combinado que a próxima reunião continuará a acontecer na praça da paz, no quiosque (de Erivan) de frente ao Shopping Sul, a partir das 17h, pra evitar o sol na testa. Uma última notícia, não escolhemos tema, então fica valendo o tema coveiro, pra quem não fez.

Laudelino

domingo, 18 de janeiro de 2009

Uma ata e um adendo para registrar belos textos e alguns atropelos


Tarde de sábado, 17 de janeiro, e mais uma reunião de lugar improvável para o Clube do Conto. Depois de pular de bar em bar, sem muito sucesso de garantir mesa e cadeiras graças à má vontade nada literária e nada amigável de alguns proprietários, o Clube conseguiu guarida em um bar mais em frente ao Shopping, na mesma praça. Com a garantia de um sol no rosto, resistimos e contamos com a presença de Mariano, André, Dorinha, Laudelino, Barreto, Ronalto, Simão, Rayssa e Laíza em duas mesas improvisadas. Foram lidos contos requentados e outros inéditos. De clima ameno em seguida, passamos a tergiversar. A boa notícia, vinda de Ronaldo, é que o incansável e quase impublicável livro de contos do Clube já está sendo impresso. Entre outras coisas, o tema ficou meio morto, meio vivo, mas parece que acertamos uma tímida concordância com a proposta de Mariano, coveiro. No mais, o Clube segue teimando, seja num bar, na biblioteca, em bancos de praça ou na calçada. O importante é termos o que contar. Quem quiser que aumente a ata. Esta está finada.

André Ricardo
ADENDO:
Convém lembrar que Laiza montou e editou um programa radiofônico inteiramente sobre o Clube do Conto para a Rádio Tabajara. Está registrado em cd e, se não estou enganada, a edição foi trabalho apresentado em final de curso, na Universidade. Trata-se de importante registro sobre o Clube, desde sua origem, sua história, caracterização, composição e outros dados. O trabalho nos foi presenteado e eu fiquei com o cd, do qual levarei algumas cópias na próxima semana. Escutei ontem o programa, ficou bom. A narração é da própria Laiza, com depoimentos de alguns de nós e leitura de conto. Parabéns, Laiza, pelo trabalho realizado.

Lembrar também que o quorum da reunião foi bonito, apesar dos atropelos. Tivemos a presença de um visitante, Samuel Rocha, que se mostrou disposto a voltar e participar efetivamente. Samuel é professor universitário de Literatura. Só para não esquecer: na próxima semana ainda estaremos no mesmo quiosque, o que fica quase em frente ao Shopping Sul, na Praça da Paz.

Aconteceu e eu dou fé porque vi com meus próprios olhos. Por isso, assino em baixo (ou embaixo)

Dôra Limeira

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Um encontro quase intimista


No último dia 10 deste mês, sábado, tentamos retomar os encontros aos sábados, depois do recesso das festas de Natal e Ano Novo, recesso mais ou menos longo. Como todos sabem, a biblioteca onde normalmente acontecem as reuniões está fechada, de recesso até começo de fevereiro. Assim, sábado fizemos “ponto” no quiosque mais próximo. As funcionárias nos cederam mesas e cadeiras. Montamos nosso circo numa área descoberta e gramada, na orla do quiosque. A temperatura esteve agradável. André e eu fomos os primeiros a chegar. Esperamos algum tempo, mais algum tempo e já desconfiávamos que talvez não comparecesse viv´alma. Quando elocubrávamos sobre o assunto, eis que surge Roberta Vanessa trazendo um convidado visitante, o Paulo Vinicius. Após os efusivos cumprimentos, abraços e beijinhos, começamos a nos organizar em volta de uma mesa. De acordo com o que nos informaram, não se pode ocupar mesas e cadeiras de quiosque/bar sem comer nem beber nada. De repente, pensamos: faz sentido, mas poxa... assim foi demais... e se não tivéssemos levado uns trocados? Felizmente, André Ricardo o Grande pediu uma água mineral com gás e Paulo Vinicius pediu um sanduíche não me lembro agora de que. Quitada a nossa pequena dívida, o papo transcorreu agradável, ora sério, ora abobrístico (cheio de abobrinhas).

Falamos sobre nossa presença em orkuts. Chamamos a atenção para o álbum de Roberta Vanessa, aliás álbum lindo. Roberta Vanessa, além de ser uma moça bonita pessoalmente, é fotogênica e criativa.

Trocamos idéias sobre literatura de modo geral e sobre o Clube do Conto, especificamente. Paulo Vinicius elogiou nosso blogue como instrumento de divulgação, especificando a importância de se dar prosseguimento à história do Clube do Conto postada no blogue. Paulo Vinicius registrou que a história parou em determinado ponto e não teve continuidade, o que é uma pena, segundo ele.

Se não estou esquecida, Roberta Vanessa e Paulo Vinicius fizeram relatos bem humorados de como, onde e quando ouviram sobre a existência de um tal “Clube do Conto”. Aliás, Roberta e Paulo têm uma história digna de figurar nos anais do clube. Ambos se conheceram numa sala de bate papo da UOL. E no bate papo, conversa vai, conversa vem, Vanessa falou pro Paulo sobre o Clube do Conto. Paulo é estudioso da Lingüística, interessou-se e pronto. Resumindo, sábado, chegaram os dois.

Estivemos, portanto, nós quatro no quiosque para a reunião: André, Roberta, Paulo e eu. Quorum pequeno, claro, quantitativamente. Mas enorme em interesse e qualidade. Aliás, foi um encontro quase intimista e, como tal, deixou que as pessoas se sentissem mais à vontade do que comumente.

A conversa se desenrolou animada em torno de temas como internet, blogues, orkuts. Concordamos que a internet é um excelente meio de aproximação e cada um de nós, informalmente, narrou experiências pessoais, pitorescas e inusitadas relativas ao assunto virtual.
Finalmente, chegamos à última parte da reunião: leituras e comentários dos contos. André Ricardo leu seu conto publicado no último Correio das Artes, sobre um tema antigo: “espelho”. Roberta Vanessa leu o seu “Ida e não ida”. Eu li o meu conto novo o “Rosas e urtigas para uma menina”. Depois das leituras, comentamos, e todo mundo concordou que o conto não precisa ser muito explicativo nem precisa ter um fechamento com final explícito.

E o tema para a próxima semana? Ah... Esquecemos de definir um tema. Mas proponho que, se alguém comentar esta ata, que deixe sua sugestão de tema. Ou que deixe a sugestão de tema na lista de discussão.

Essa é minha interpretação do que aconteceu sábado passado. Se alguém quiser fazer alguma correção ou tiver outra interpretação segundo sua ótica, sugiro que se expresse. No blogue cabem quantas postagens ou interpretações forem necessárias.
Abraços e até o próximo sábado, no mesmo quiosque.

Dôra Limeira

(A foto que ilustra o texto foi tirada de www.centrohipicoguararema.com.br)

domingo, 4 de janeiro de 2009

O que teria acontecido em 2008 no Clube do Conto?

Numa avaliação muito rápida, vejo que houve um monte de mudanças qualitativas, apesar da crise e da antologia que não saiu. Ganhamos o espaço da Biblioteca do SESI na Praça da Paz. É um espaço relativamente tranqüilo, favorável à concentração nas leituras e comentários de textos, ao mesmo tempo propício à descontração nos momentos de brincadeiras e de falar mal da vida alheia, que ninguém é de ferro. Conquistamos aliados no novo espaço de reuniões. O pessoal administrativo nos acolhe, às vezes temos cafezinho, às vezes água de coco, sempre temos o sorriso simpático das moças que dispõem a sala para nós. Penso que devíamos ser mais gratos, mais atenciosos a Jadercy, chefe do pessoal administrativo que todo sábado está sempre abrindo as portas para nós. Raramente, ficamos “na rua”.

2008 também trouxe pessoas novatas, abertas a mudanças, pessoas que desejam experimentar a leitura coletiva, outras querendo experimentar o gosto de fazer conto, outras por mera e saudável curiosidade. Dentre outras pessoas, Roberta Vanessa, Beto Menezes, Alfredo e Raquel, Rayssa e Simão, Kézia, Laiza Felix, Amanda K, Ramon Limeira chegaram, gostaram da experiência, algumas delas repetiram a dose, outras terminaram ficando. Escutaram, escreveram, leram, interagiram. Enfim, disseram a que vieram. Que sejam todos e todas muito bem vindas.

A própria sistemática das reuniões evoluiu ao longo de 2008. Depois de uns anos de permanência na simples leitura de textos, verifica-se que hoje há espaços para revisões, sugestões, opiniões sobre construção de personagens, sobre linguagens, enfim. Percebo que, a cada semana que passa, o Clube do Conto assume seu caráter de oficina literária. Vejo isso como um salto qualitativo, uma salutar tentativa de sair da mesmice. Encaro também como exercício de humildade. Há pouco tempo, meses atrás, percebia-se certo mal-estar quando alguém sugeria mudanças na construção de um texto, alteração na colocação de tal ou qual frase. Isso aconteceu, por exemplo, comigo. Por conta disso, arranjei alguma antipatia difícil de superar até hoje. Mas agora, com o amadurecimento e com o andar da carruagem, sou grata aos que, mesmo enfrentando meu mau humor freqüente, tentaram e persistiram em me corrigir, me revisar, dizer que tal ou qual texto meu está ruinzinho, etc. As opiniões, de uns tempos para cá, são bem vindas, desde que pertinentes.

Que mais dizer?

É preciso que se diga também que nem tudo que está no plano ideal pode ser transposto para a realidade. Algumas pessoas, por exemplo, estiveram com a gente uma ou duas vezes e nunca mais voltaram. Até mesmo algumas pessoas veteranas sumiram simplesmente na poeira da estrada. Faz parte. Uma coisa boa do Clube do Conto é que não há cobranças, ninguém abre inquérito para investigar porque Fulano ou Sicrano deixou de comparecer. Ninguém vai pagar multa. Lamenta-se apenas, mas a vida continua, o barco navega, apesar das intempéries.

Em 2008, alguns de nossos companheiros mereceram destaque, inclusive receberam prêmios fora da Paraíba, como é o caso de Geraldo Maciel, o célebre Edward Barreto G. Robinson. É o caso também de Valéria Rezende. “O vôo da guará vermelha” cada vez mais rufla as asas para mais longe. Recentemente, saiu uma edição portuguesa, por sinal muito bonita.

2009 chegou. Já se vislumbram sinais de que está acabando o período de recesso. Sugiro mais uma vez que a próxima reunião aconteça no quiosque em frente à biblioteca do SESI, no próximo sábado, já que a Biblioteca reabrirá as portas somente a partir do começo de fevereiro. Na minha sugestão, o tema é livre.

Essa semana devo fazer novo levantamento de quantos contos já produzimos nesses quatro anos e meio de existência. Desconfio que atingimos a marca dos 500. Ou então chegamos perto disso. Aguardemos.

Termino aqui minha avaliação sobre o Clube do Conto/2008. Se ficou alguma lacuna e se alguém quiser preencher, sinta-se à vontade.

Que muitas prosas aconteçam em 2009. É uma das coisas que desejo para todas e todos.

Dôra Limeira