segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Dando nó em ata!

Sábado, dia 15 de dezembro de 2007, fizemos ótima reunião. Valéria e eu lemos nossos contos sobre "aboio". Esse tema é lindo, e nos inspirou muito. Fiz uma releitura em prosa de "Vai, boiadeiro, que a noite já vem, leva o teu gado e vai pra junto do teu bem", que é cantado por Luiz Gonzaga. Eu não punha muita fé nesse texto. Só acreditei nele quando ouvi minha própria leitura, escutei minha própria entonação. Quem estava na reunião, me deu o prazer de um feed-back favorável. O texto de Valéria explorou a presença de palavras árabes na língua portuguesa. Foi bonita a sonoridade de certas palavras que Valéria usou no texto. Lindo texto.

Iniciada a reunião, umas pessoas esquisitas começaram a passar na porta da associação. Isso nos levou a trancar o cadeado do portão de entrada. Valéria disse que não tem mais medo de nada, mas eu e quem estava lá temos medo, sim.

Houve discussões em torno da presença árabe nos idiomas português e espanhol. Valéria enumerou uma porção de palavras que nos eram, até então, estranhas.

Falamos também sobre como é necessário que o artista seja verdadeiro naquilo que faz. Eu me lembrei de Luiz Gonzaga cantando "Boiadeiro". Quanta emoção, quanta verdade o véio botou na voz, nas modulações, no manejado da sanfona. Assim também devemos ser todos nós, no ato de escrever. É preciso que se ponha toda a verdade, quer dizer, é preciso que se acredite no que se está escrevendo. Somente a técnica não é suficiente, é preciso que o escritor se emocione e descarregue essa emoção no texto, com humildade. Assim, o leitor também acredita e se emociona.

Recado oara Andrézinho Dias: Não devemos ter excesso de auto crítica. Às vezes achamos que um texto não está legal, mas é preciso ter humildade para se expor, expor o texto, compartilhar. Acontece muito isso comigo. Às vezes chego ao clube levando textos sofríveis, a meu ver. Mas, muitas vezes quem me lê e me escuta é quem sabe e me diz se presta ou não.

Terminamos a reunião, a última do ano, sem propostas de tema. Em seguida, fomos para o anfiteatro da praça da Paz e assistimos a apresentação de três corais

Devemos retornar no começo de janeiro, no segundo sábado de janeiro.

Afinal, quais as pessoas que estavam na reunião? Quem adivinhar, ganha um livro de Mané Caixa Dágua como presente de Natal.

Boas festas de fim de ano a todos e todas.

Dôra

domingo, 4 de novembro de 2007

Ata da Praça

O Clube do Conto foi visto nas imediações da praça, com a reserva e a elegância dos que esperam Godot. Instalados num banquinho, com mais contato direto com o público passante, os integrantes, vindos das mais diversas partes da cidade, acenderam a tocha da teimosia e da persistência. Por respeito aos colegas que não puderam comparecer, foi mantido o tema duplo sumiço/invasão. Dôrinha, André 1 e André 2 (não necessariamente pela ordem) e Laudelino tiveram o gosto de ouvir dois contos sobre o tema: André (eu) leu sobre sumiço e Dôra sobre invasão. Depois da leitura, ainda falamos sobre filmes, sobre praças, sobre filmes com praças e sobre praças que exibem filmes. E evidentemente, dissemos cobras e lagartos dos ausentes, deixando-nos a mercê da nossa estapafúrdia fome por contos. Contentamo-nos com apenas dois, frugalmente divididos. Finito!
André

terça-feira, 30 de outubro de 2007

El ata (portunhol loco)

ATA DE 27 DE OUTUBRO DE 2007

El sábado pasado, una vez más, el club dio cuenta de la asistencia y las ausencias. Barreto, Dorinha y Valéria trouxeram objetos señalados a sus historias. Piedras lascadas y piedras pulidas. Cadeira rustica (hay un nombre, pero no recuerdo). El opaco, Ronaldo, ya que el autor no asistió por motivos ya han sido divulgados. La bonequita de Dôrinha, con canasta, de libros y algo más. Aún Raonix llegó con su jangada ... Naufragada en el olvido. Mariano leer el tema de la pantalla artista Veruschka guerra y Brendan narrou una saga más allá de la interesante. Claudio olvidado de la historia, pero que el periódico. André Ricardo II, un rapazito y nuevo integrante (no recuerdo el nombre, la gente, lo siento). Como siempre, otra reunión feliz, y eligió como sujetos señalan sumiço y la invasión. Y con los días están contados para el caldo de la cultura. Eso es cierto, pero la fe en todo.
André

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Vamos à ata!

ATA DA REUNIÃO DE 20 DE OUTUBRO DE 2007

Se não me falha a memória, sábado tivemos clube do conto. Dorinha, Valéria, Barreto, Ronaldo Monte, Mariano, André Ricardo II, Cláudio, Brendan, Raoni e a namorada. (Não esqueçam, memória não é meu forte e se alguém se sentir não-citado, desça o sarrafo)

Agora mais estabelecidos e nos acostumando com o novo ambiente, tivemos, no início, a visita de Assis (da Livraria que nos apoiou e cedeu o luminoso), onde merece nosso agradecimento e ainda nos brindou com a velha (embora nova) placa para colocarmos ali, em alguma parede da Associação.

Depois de alguns teretetês, iniciamos os contos. Poucos sobre fronteira, mas Dôrinha e Ronaldo deram serviço, Valéria leu (no estilo rádio nacional) o conto do Cláudio (risotas a parte) e Mariano mostrou conto sobre naufrágio e homoerotismo marinho velado (sorry, is a joke!). Será uma suprema desfeita se alguém leu algo mais e eu não me toquei... Eu mesmo caí na maldição do proponente, mas me lembro bem das palavras estranhas de Ronaldo que ora me fogem à lembrança.

Decidimos, depois de tentativas frustradas de jogar um tema na fogueira, pela idéia interessante de Raoni: escrever um conto sobre um determinado objeto e levá-los, o conto e o objeto (ou sua representação, caso não dê para o gasto) para o clube.

Ah, também recebemos convite de Lúcia Wanderley para um Caldinho Cultural dia 9 de novembro (é esta data?). No mais, a ata está aqui e perdoem o abuso de senilidade que ora me ataca. Adiós! E Besos!

André.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Ata de sábado passado (13 de outubro de 2007)

No começo, era eu sozinha, esperando entre ficar na calçada ou adentrar o recinto. Quando estava nesse dilema, vejo um carro se preparando para estacionar, alguém no carro me chamou. Quem seria? Abrem-se as portas do carro e... olhem quem chegou: Joana, Mariana e o namorado (desculpe, Joana, não sei o nome dele). Entramos, já estava quase escuro. Tateamos em busca de um interruptor de luz, procuramos, procuramos, até que enfim o namorado de Mariana achou. Graças! Acendemos as lâmpadas, tiramos cadeiras e banquinhos da mala do meu carro e arrumamos o cenário e os adereços. Para quem não sabe, já temos mesas e cadeiras nossas, as cadeiras compradas com o dinheiro daquelas atas, lembram? Esses apetrechos estão bem guardados na associação, trancados e amarrados com grossas correntes e cadeado. A propósito, quem doou as mesas? Levei uma garrafa de café já doce, bem forte, bem quente, e copos descartáveis. Enquanto isso, mais pessoas iam chegando. Valéria, André Ricardo 2, Mariano, André Ricardo 1 chegaram e o circulo em volta das mesas se coloria cada vez mais. Mas, antes que chegasse qualquer pessoa, Laudelino passou por lá com duas crianças suas sobrinhas. Conversou um bocadinho, mas teve que se ir por causa das crianças. Os contoclubistas estiveram muito barrulhentos, tagarelas, ainda agitados com o novo ambiente. Discutia-se sobre tudo, abobrinhas pequenas e grandes. Recuamos as mesas para ficarmos a salvo da friagem, ficamos lá num recantinho protegido da ventania. Já totalmente escuro, Gláucia Lima ligou para Joana dizendo que estava a caminho. Decidimos esperar por ela para podermos iniciar as demonstrações dos deveres de casa. A fornada de contos dessa vez foi excelente. Valéria propôs que organizemos antologias temáticas para serem editadas por uma editora chamada “Livro Rápido”. Claro que todo mundo concordou. Os naufrágios estiveram de primeira qualidade. Só não naufragou quem não quis. André Ricardo 1 afundou atrás de um monte de baleias, chegou a encalhar numa baleia enorme, a mais atraente delas. Bem, são detalhes que estão na minha lembrança. Outros detalhes devem ter me escapado, coisa muito natural. Não sei se citei todos os nomes que estiveram presentes. Se esqueci algum, também é coisa muito natural. Memória alguma é de ferro. Conversa vai, conversa vem, chegou-se à definição do próximo tema: “fronteira” (aqui pra nós, tema meio insosso). Esta ata é dedicada a todos e todas que não comparecem a pretexto de qualquer motivo. Dou pouca fé e assino.
Dôra