domingo, 28 de maio de 2006

Há quem não goste do Clube do Conto

Saiu dia 22 de maio na coluna do Abelardo, do Correio da Paraíba:

Enviado por gilson salgado
Abelardo, Estive na Bienal ontem e fiquei feliz com o que ví nos estandes.Cousou-me espanto, no entanto, discussão ocorrida no auditório com pessoal do clube do conto da Paraíba , pensei em encontrar uma discussão literária, mas aqueles escritores me pareceram anacrônicos e medíocres. Sai com quinze minutos... Gilson.

....... bastaram quinze minutos para o moço descobrir que somos "anacrônico e medíocres"!!!

Deu no Jornal da Paraíba

Clube do Conto

21/05/2006
Escritores pessoenses reúnem-se para formar o ‘Clube do Conto’

ASTIER BASÍLIO

Ontem à tarde, a grande atração da abertura da Bienal Nacional do Livro da Paraíba, realizada em João Pessoa, no Espaço Cultural José Lins do Rego, foi a reunião do Clube do Conto da Paraíba. Para quem nunca ouviu falar no grupo, o clube é composto por uma série de escritores que se reúnem com regularidade e nestes encontros apresentam seus trabalhos e propõem temas para futuros contos. De acordo com a escritora Dôra Limeira, a idéia de se reunir surgiu a partir de conversas na lista de discussão na internet “Contistas da Paraíba”, criada pelo escritor Antônio Mariano de Lima. “Víamos que morávamos bem próximos uns dos outros, por isso, resolvemos nos encontrar e as reuniões foram se repetindo, outras pessoas foram se aproximando”, recorda Dôra. O início foi em 2004, no Shopping Sul, localizado no bairro dos Bancários em João Pessoa. De lá pra cá, os escritores têm publicado fanzines com os contos cujo tema é proposto nos encontros e já planejam uma antologia, a sair este ano. Não existe diretoria, nem presidência. Os integrantes levam tudo na maior informalidade. “Fazemos uma ata bem divertida, sem aquela coisa rigorosa”, conta Limeira. Os temas propostos são os mais variados possíveis, de escatologia a celular, por exemplo. Dentre os escritores que fazem parte do Clube do Conto da Paraíba estão André Ricardo Aguiar, Dôra Limeira, Valéria Rezende e Antonio Mariano, Marília Arnaud, Mercedes Cavalcanti, entre outros. Quem quiser acompanhar as atividades do Clube do Conto pode fazer isso acessando ao blog do grupo: http://www.clubedoconto.blogspot.com

Coluna de Nara Limeira sobre o Clube do Conto da Paraiba

Clube do Conto

É o nome do novo movimento literário que surgiu em João Pessoa há 2 anos. Começou com um encontro virtual, troca de opiniões, textos e conversas on-line. Marcaram um café, um bate papo presencial e o grupo foi crescendo. A coisa tomou gosto. O movimento já tem cerca de 25 contistas botando a roda da prosa pra girar. Lá, num cantinho reservado do Shopping Sul (perto da livraria Almeida), escritores veteranos e novatos trocam sorrisos, experiências, palavras, textos, mini-contos. Sempre aos sábados, final da tarde.

Com esta prática, retomam elementos importantes para a cultura e para a vida. Reelaboram acordos, recriam regras, fazem leituras dos seus contos em diferentes dicções e possibilidades. Comentam entre si e, segundo depoimentos deles, ajudam-lhes a crescer muito. O Clube do Conto é anárquico no melhor sentido da palavra.

O mais jovem participante tem 16 anos e a faixa etária dos mais velhos chega perto de 70. Portanto, sem fronteiras entre décadas e gerações, o Clube do Conto é inclusivo e plural, admitindo todos os estilos e influências. Para participar basta gostar de literatura, querer escrever e não precisa ter publicado nada. Uma redação escolar pode ser o começo de tudo. Não significa obviamente que isto vá resultar numa carreira literária de sucesso, mas, o despertar de uma grande paixão pela literatura e, quando o assunto é livro, muitas portas se abrem. Na verdade, abrem-se mundos.

Assisti à participação do Clube do Conto na Bienal do Livro (sábado, 20, no Espaço Cultural) onde foi narrada a sua história com detalhes de bastidores que só eles conheciam. Hoje, o movimento computa mais de 150 contos produzidos para aqueles encontros dos sábados e está editada uma antologia que sairá ainda este ano. Além do projeto da antologia, o Clube do Conto quer levar a literatura para os lugares onde exista público em potencial. A idéia é invadir lugares como restaurantes, salas de teatro e cinema e declamar seus contos, distribuir folhetos com cópia de alguns e dizer da existência do movimento.

O que mais me impressionou, ao ver o Clube do Conto na Bienal do Livro, foi perceber como os seus componentes valorizam o encontro semanal. A literatura de cada um deles poderia existir individual e independentemente no papel, no livro ou no computador. Porém, o Clube do Conto, em si, só existe se eles se encontrarem presencialmente em torno do café, dos comentários, da troca de experiência e afetividade. Afinal, a vida é o alimento da arte. A comunidade aguarda a Antologia do Clube do Conto a ser editada neste ano de 2006 pela Funjope, a Fundação de Cultura de João Pessoa.

Nara Limeira

quarta-feira, 24 de maio de 2006

Ata da reunião de 20 de maio de 2006, que se realizou na Bienal do Livro

A mais recente reunião do Clube do Conto aconteceu na Bienal do Livro Paraibano, no dia 20 de maio deste ano de 2006. Em sala fechada, ar condicionado, um número razoavelmente grande de pessoas se organizou em círculo para ver o que ia acontecer. Alguns escritores em geral, uns funcionários e professores da universidade, algumas pessoas curiosas, a representante da Bienal do Livro (Clotilde Tavares), a representante da Funjope (Petra Ramalho), o editor do Correio das Artes (Linaldo Guedes), todos queriam saber exatamente o que era o Clube do Conto, seus objetivos, seus modos de funcionamento. Dentre os contistas presentes, os que mais se pronunciaram foram Barreto e Valéria. Empolgaram-se nas suas explicações, falaram sobre as relações humanas que se desenvolvem entre as pessoas integrantes do grupo de contistas. Valéria fez um breve histórico sobre a origem do grupo, Barreto complementou a fala de Valéria em alguns momentos, preenchendo alguma lacuna. As pessoas visitantes fizeram perguntas, queriam saber mais coisas. Eu notei, pela expressão dos olhares, o interesse, a curiosidade. A representante da Funjope, que é a diretora da Divisão de Literatura (Petra Ramalho) se preocupou em colocar seu setor à disposição do Clube do Conto. Perguntou como poderia ajudar, o que fazer para melhorar. Barreto tentou mostrar a necessidade da Funjope cumprir o compromisso assumido há algum tempo de editar nossa primeira antologia, que está pronta. Se a Funjope tem interesse em colaborar com o Grupo, acrescentou Barreto, há necessidade da Funjope assumir as prováveis futuras edições de outras antologias e de outros impressos do Clube. Foram muitas as conversas, discussões, debates. A maioria das pessoas manteve-se em silêncio, no entanto as mais afeitas a discursos, falaram, falaram e falaram. De modo que muitas informações necessárias, interessantes e curiosas foram repassadas às pessoas presentes ao evento. As falas duraram quase uma hora e meia, tempo que a Bienal colocou à nossa disposição. Assim, pouco tempo restou para a já tradicional leitura dos contos. No entanto, assim mesmo imprensados, premidos pelo escasso tempo que nos restou, alguns de nós lemos nossos contos, mais precisamente, eu, Valéria e João Batista. Em seguida, aconteceram os agradecimentos de Clotilde Tavares (da Bienal) e de Petra Ramalho (da Divisão de Cultura da Funjope). Encerrada a reunião, todos bateram em retirada!!! Essas coisas se passaram segundo minha ótica. Quem tiver outra ótica ou quiser complementar, ou corrigir alguma coisa, que se pronuncie agora ou se cale para sempre. Assino em baixo de tudo que escrevi.

Dôra Limeira

terça-feira, 2 de maio de 2006

Ata do Clube

O Clube do Conto é composto com um sem-número de contistas com um sem-número de compromissos. Tem quem faça viagens ao redor do planeta, tem quem fique sob cobertas, outros que, tortos, desarranjam a realidade e mais alguns que, por força de querer segurar a barra dos horizontes, faça fogueira até em dia de chuva. O Clube se reúne aos sábados e mantém um corpo coletivo custe o que custar. É uma peste que assola do terraço dos fundos da livraria.
No último capítulo a presença de uma mesa, cadeiras e uns poucos remanescentes do grupo maior estiveram a cumprir as seguintes tarefas: tagarelar, falar mal dos outros, perguntar se o próximo fez o dever de casa, contar vantagens e desvantagens. Os presentes, numa ordem aleatória, foram André, Barreto, Dora, Raoni, Laudelino, Cartaxo, Regina, Brendan. Como eu temo esquecer algum nome, os que apareceram em forma de ausência estão aqui também. Fique registrado que as ausências são mais sentidas ainda.
O tema versado foi “nascimento”. O tema seguinte, “achados e perdidos”. O processo dos contos-parágrafos avança morosamente. Mas a simplificação para apenas dois contos pode resolver o assunto. De informes, a boa notícia do futuro lançamento do livro de contos de nosso querido Geraldo Maciel e as discussões em torno de nossa participação na Bienal.
Mas isso será assunto para uma posterior postagem.