domingo, 15 de maio de 2011

Clube do Conto no país das maravilhas

Ata referente ao dia 14 de maio de 2011.

"Nesta direção", disse o Gato, girando a pata direita, "mora um Chapeleiro. E nesta direção", apontando com a pata esquerda, "mora uma Lebre de Março. Visite quem você quiser, são ambos loucos."

"Mas eu não ando com loucos", observou Alice.

"Oh, você não tem como evitar", disse o Gato, "somos todos loucos por aqui. Eu sou louco. Você é louca".

"Como é que você sabe que eu sou louca?", disse Alice.

"Você deve ser", disse o Gato, "Senão não teria vindo para cá."

Mas somos, estamos sempre aqui. Não temos muitas noções. Teimamos. Com um giro avassalador, a vida em espiral passa por aqui. Somos muitos e somos poucos, raros e comuns. Nossas fronteiras ultrapassam o papel, mas ponderamos com a boca, limpamos os excessos -papéis também são guardanapos. E em vez de chá, vezes tomamos café, vezes açaí - o que é um produto do país das maravilhas do Pará.

Com o tema preguiça, iniciamos os trabalhos deste último sábado com casa cheia. Estávamos, evidentemente, na toca do conto, meio aberta, plana sobre o bairro dos Bancários. Em forma de culto, entoamos os contos da vez. Luciana, além da leitura do seu conto, trouxe amigos (Ellen, Esteban e Jessica), provando, mais uma vez, a capacidade infinita que temos de acolher os novos. Vivi começou de mau humor e terminou rindo. Valéria discutiu formas do soneto com Joedson. Laudelino apresentou, com muito esforço de papel e tinta, uma idéia aproximada da antologia que vamos publicar este ano. As caricaturas também fizeram sucesso, obra do mestre Raoni. Romarta leu dois contos (na voz emprestada deste aqui) Também estiveram presentes Cleber e Mayara, inspiradora da ata que deveria versar sobre maravilhas, mas não vai mais fundo. Alfredo entrou novamente de gaiato falando de instrumentos musicais. Regina corrigiu contos e deu início aos temas possíveis para o próximo sábado.

As palavras-temas foram escolhidas para compor um tema maior, o do conto feito com determinadas palavras. As palavras foram TOPÔNIMO, SONETO, CORNETA, CABELOS, APARELHO DENTARIO, CIÚME, OCORRENCIA POLICIAL e duas ilegíveis que, até que a autora da caligrafia se pronuncie, ficam de fora. E assim, a ata está feita.

André Ricardo Aguiar

Adendo: em tempo, o tema é escrever um conto que contenha as palavras TOPÔNIMO, SONETO, CORNETA, CABELOS, APARELHO DENTARIO, CIÚME, OCORRENCIA POLICIAL, COTIDIANO e DINAMITE.

Laudelino

Um comentário:

Luciana Silveira disse...

que maravilha! André realmente cumpriu com o prometido. Agora sim podemos ler o blog e saber qual o tema, principalmente eu que vivo esquecendo rsrsrs.