segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Ata de Sábado (de 7 de fevereiro de 2009)

Ata e desata

São poucos notados, ficam em surdina e espreitam. Vão chegando aos poucos, abrindo espaço e com cara de maus e irrequietos, assumem a mais clara vagabundagem, meio sabáticos, meio encrenqueiros. Valores como ordem, moral e bons costumes começam a ruir. Pais afastam filhas, babás se preocupam. São as chamadas más companhias da Praça da Paz. É a gangue do Clube do Conto. Caluda! Mais uma ata policial está começando.

Voltam sempre ao local do crime, o recente bar que fica próximo ao shopping sul. Seqüestram mesas e cadeiras, extorquem o proprietário, pagam propina para instalar contos e fofocas. E a polícia nem chega ali. Para os incautos, os novatos, oferecem drogas. E assustam.

Por volta das 17 h, tarde de sábado, chega a primeira meliante, Dora, renomada contrabandista do escatológico, embora cometa também seus lirismos, sua visão nua e crua da vida humana. Ela faz sinal para o outro integrante, André, e juntos, esperam o resto da quadrilha.

No Clube do Conto é assim, maldade não tem fim. Chegam posteriormente Joana Belarmino e Mariana, Barreto, Cláudio, Gláucia, Alfredo (gracias pelo Quarto das Horas), Raoni e o luso-brasileiro Beto Menezes (do qual agradeço o presente literário). Ronaldo Monte trouxe exemplarmente sua prole, esposa, filha, neta. O grupo foi fotografado por Adriano. Contos foram lidos, incluindo os dos ausentes Cartaxo e Valéria. A ata registra o péssimo hábito de se atender celulares durante a leitura dos contos. A ata também desata a rir do péssimo hábito de bagunçar a leitura de certos contos. É que o Clube do Conto ainda tem o comportamento típico de bandidos descontrolados, o que contradiz a boa índole da proposta. Mas boa índole nunca fez boa literatura. As disposições em contrário são revogadas.

Mais exemplares da antologia foram distribuídos. Dora lembrou o fato de que uma caixa fora esquecida debaixo da mesa do bar. E recuperada em seguida.

Contos lidos, não chegamos a um consenso quanto ao tema. Assim é a bandidagem literária. Quem quiser propor algo, que use os meios necessários ou ilegais.

E quem quiser complementar a ata, fique à vontade. Dou por encerrada a minha parte.

André

Um comentário:

Késia Mota disse...

Amei a ata!