Há grandes necessidades de contar com o silêncio, ainda que seja uma tessitura breve, entremeada de ruídos que o valorizam em suas lacunas. Do Clube do Conto, uma arena múltipla onde histórias e intervenções tomam gosto, tudo pode acontecer, dentro e fora do alcance das possibilidades e da variegada fauna de seres que, ensimesmados em suas vidas e estilos, dão a cara à tapa e sentam suas nádegas nas cadeiras informais dos mais esquisitos e empoeirados cantos. Afora esta quase barroca introdução, calcada num sentido de urgência, o encontro de sábado também foi uma via crucis, com narrações ao alto e um cristo de praça a pontuar seus mistérios e milagres. Nossa religião também tem seus mistérios. E um deles é se perguntar porque estamos onde estamos. Voltaremos à nossa origem?
Os contos foram lidos, os contistas foram polidos, os temas ficaram livres. Ronaldo apresentou o seu tipo de fim nostálgico, Beto Menezes brincou com as possibilidades lúdicas de um jogo virtual, Valéria emulou o gótico com amantes e mensagens cifradas, e tudo movido à nostalgia do café ausente, considerações sobre o mercado editorial e comentários sobre um certo nobel. No mais, Barreto, Brendan, André 1 e 2, Eleonora, Raoni, Cláudio e os fantasmas da associação cumpriram mais um ritual anárquico de relativo sucesso. Venham outros sábados, de preferência, com sua cota de café e silêncio.
3 comentários:
Uma dúvida paira no ar, no sábado tem reunião do Clube?
Q idéia maravilhosa, um clube de conto 8)
Adorei!! Parabéns!!
já add como favorito!
http://leiapoema.blogspot.com
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