domingo, 9 de fevereiro de 2014

Ata da responsabilidade

Ata referente ao dia 8 de fevereiro de 2014.
Registro fotográfico da reunião.
Isabel estava impaciente com a ausência dos membros do Clube. Valéria explicava que há 10 anos as coisas são assim, que os membros são boêmios e pouco preocupados com horários. Sandro chegou sugerindo que 2014 fosse Ano de Portugal no Clube do Conto e acha que dá livro. André Ricardo veio logo em seguida concordando que Portugal dá livro, sim, mas esse não seria o primeiro. A Bagagem Lírica de André é prova. Vivi(ana, que fiquei claro!) trouxe Luciana e sentou-se conosco. Regina foi quem acendeu a fogueira primitiva. Fez-se fogo e a fumaça atraiu os outros contistas. Sérgio, uma Suênia, Romarta, Norma, mais uma Suênia e sua pequena Sofia. Cartaxo trouxe begônias, cravos e rosas.

Decidimos que a partir de agora cada membro do Clube se torna eternamente responsável pelas ideias que dá. Daqui a duas semanas Sandro começará o programa de dissecação de Contos escritos por não participantes do Clube. Valéria organizará um sarau luso do qual, com sorte, sairemos todos vivos e não apenas um de nós. O Cágado terá que esperar passar a comemoração de 10 anos, que deve acontecer no dia 14/06. Na próxima reunião não haverá ninguém, pois o tema é "mundo sem gente".

Bonifácio Segundo

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Ilusão de ata

Ata referente ao dia 18 de janeiro de 2013.


Uma ata pode ser uma ilusão de ótica. pode estar aqui ou não. Como pode ser também aquele exercício temeroso que o sedentário vai tentar. Pode ser também uma falta de assunto, tema muito caro ontem, ou visitas inesperadas. Uma ata pode ser a memória dos que não foram. Ou a presença dos que já estavam por lá. Uma ata pode ser engolida, pode render fuzuês e quiproquós. Uma ata pode ser meramente um registro carimbado, aqui estivemos, e o referido é verdade e dou fé.

Reuniram-se na Toka do Pastel os mambembes do clube do conto, que é misto de circo e folia. Sérgio, Sandro, Bonifácio, Joedson, Valéria, Romarta, Suênia I e II, Norma, Valéria e as convidadas Alessandra e Tatiana. (Se faltar alguém, identifique-se e perdoe a falha memória de quem faz a ata...) Discutimos, além da leitura dos contos, a participação do Clube na Flicabedelo, em março, e inauguramos o novo local, com banner e tudo. Foram lidos contos fora do tema, e sem papel, com as tecnologias à mão. 

O tema escolhido para a próxima semana é "Morreu na praia", mas outros temas foram bem recebidos, como quiproquó - não lembro dos outros...

E assim, quem quiser que conte outra...

André Ricardo Aguiar

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Ata finada

Ata referente ao dia 2 de novembro de 2013.


Sábado dos mortos (02.11.203), estávamos, os vivos do Clube, reunidos na Toka. Os tais eram Val, as duas Suênias, Norma, Beto, Regina, Luciana, Sandro e sua companheira de namoro e revisão de seus textos, da qual o nome ficará omisso nesta ata por não o terem escrito em papel. O tema demônios não assustou nem aos mortos no seu dia. Leu-nos um conto medieval, Val, em fonte tamanho 24 do seu tablete. Beto demorou, mas baixou na roda os demônios em dois textos, extraídos do seu novo romance em produção. Sandro, curto e grosso, exorcizou o seu demônio na forma da matemática (má temática, hehehehe). Eu, que entre Anjos e Demônios, escolho o forró de Gonzagão, fugi do tema, indo pra um mais safadinho ao narrar uma suruba de dois.

Tiveram mais contos? Não dá pra lembrar. Meu corpo até que o álcool tem conservado, mas com a memória tem sido cruel. Sábado é dia de eu ir ao encontro da minha experiência etílica. E hoje, segunda-feira, passado tanto tampo de sábado, em férias e com minha filha pequena aqui pra eu lhe dar atenção, não consigo puxar mais da minha tão exigida cabeça pra detalhar esta ata.

Vale salientar que, além do registro em fotos do momento pastel do nosso Clube, estava desfraldado na entrada o banners (ou seria estandarte?) do Clube do Conto.

E quem quiser dizer o que aqui não foi dito, fique a vontade pra completar.

PS: Só esqueci de informar na ata que o tema (sugerido por um acaso) mais votado para a próxima reunião é "pitaco".

Sérgio Janma

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Ata medonha

Ata referente ao dia 26 de outubro de 2013.

Sendo entre os convidados o menos nobre, restou-me apenas ser o mais pontual. Eu, Bonifacio II, Conde de Nihil, senhor de Nemo, cheguei aos exatos 30 minutos das 17 horas. Instantes depois fez-se presente a Rainha Behar, soberana de Parahyba e Philipéia, majestosa companhia. De seu castelo luso veio a grã-duquesa Isabel, acompanhada apenas por uma de suas servas: Valéria, aquela que, abandonada pela sanidade, desatou a colecionar Jabutis.

Rememoramos os dias ancestrais, quando socos e bofetadas eram distribuídos a todos os merecedores e lamentamos a camaradagem contemporânea que torna tão populares as luvas de pelica. A mando de sua senhora, Valéria leu um dos seus magistrais escritos, dos tempos em que ainda tinha juízo. Durante meu discurso uma entidade maligna juntou-se a nós. Tudo ao redor silenciou e escureceu. Protegidos pelos talismãs, nenhum mal caiu sobre nossas cabeças. Porém, antes de partir, a criatura medonha anunciou que retornaria e, da próxima vez, acompanhada, definindo assim o tema da semana que vem: Demônios.

Bonifacio Segundo

domingo, 29 de setembro de 2013

Ah, tá!

Ata referente ao dia 28 de Setembro de 2013.

Voltei ao Clube, havia um tempo que eu não dava as caras. A reunião foi curta, quase não acontecia. Eu e André Ricardo, antes de a gente chegar lá, conversamos sobre nossa história no Clube. Ano que vem o grupo fará dez anos, e é inevitável esses momentos de lembranças. Após uma tigela de açaí e outra de cupuaçu, fomos nos encontrar, lá no café do primeiro andar, com Regina Behar e sua amiga, a senhorita Susan Bello. Como, com dois ou três reunidos, teremos sempre reunião, subimos ao nosso esconderijo, nos fundos silenciosos do Shopping Sul. Ciganos sempre, no momento estamos aqui. As moças sentaram em um banco roubado, eu e André, que ainda achamos que podemos espichar, permanecemos em pé. Norma chegou e completou o último vazio do banco. Dezoito horas e cinco minutos, pontualmente, nossa reunião começou. Puxei uma crônica trasvestida de conto sobre tanajura, velha porém nova nessa roda de leitura. André leu uma crônica sobre o café, um punhado de pó, de grãos que se pode cheirar, lamber e mascar. Norma apresentou Nero numa apresentação bem apresentada. Então, olha que legal!, três contos e cinco participantes, alto índice per capita; e a gente pensava que nem ia ter reunião. Três temas propostos pra semana que vem: cuspe, autoritarismo, canção. Ganhou canção, apesar de protesto da oposição. Conspiramos sobre os próximos passos para o Clube do Conto dominar o mundo, as decisões ficaram para a semana que vem, ou pra outra, ou pra outra. Não quero entregar assim, de bandeja, os segredos, mas protelar talvez seja o segredo de nossa tão longa existência. Semana que vem também discutiremos se é isso mesmo. 

Roberto Menezes

Algumas fotos ilustrando a reunião.

André e Roberto

Regina, Norma e Susan