terça-feira, 19 de junho de 2012

ATA EM TESE – Ou: Como orientar contistas?


Ata referente ao dia 16 de junho de 2012.

Variação pequeníssima do universo em expansão, devemos analisar nesta tese as implicações contingentes da entrada das cadeiras (E aqui cito Schilling, “as disposições não ferem o caos, apenas o reordena”) com os agentes em atual estado de partilha (contistas) que, imbuídos de indesejados meios em celuloides e copiados para um fim, se notabilizam pela expansão do teor narrativo através de um modus operandi chamado ar versus barulho, com clara desvantagem do último.

É preciso citar, no entanto, que a presença de uma força integradora gera o grupo

como um dínamo não-previsto, onde a raiva de existir pode virar matéria factual e necessária aos mecanismos líricos (Menezes, Laudelino, p. 235)”

De outro modo, a presença de uma autora como Gabryelle justifica, em fartos exemplos, este caráter aglutinador do grupo. Ou, como na definição cartaxiana de teatro da inclusão, “num tem o que discutir, entrou, tá dentro”. (sic)

As referidas normas de conduta – ou na verdade, só uma, de cara inchada, pode ser balizada por n fatores, n exemplos:

a) Contos podem ser lidos, mas jamais encenados por pandas;
b) Contos são inflamáveis, portanto, não faremos reuniões em paiol ou barracas de fogos;
c) Contos não existem sem contistas.

Em resumo, uma reunião que decida, por quase voto unânime, o tema TÚNEL, não pode ser de todo relegada a uma teoria behaviorista de bolso. O comportamento é explicitamente reelaborado para um momento posterior, traduzido ou não, numa forma marcadamente moderada, como no exemplo da chamada ata, e que segundo o filósofo franco-atirador, Michel Teló, diz em tom universalista “Nossa, nossa, assim você me ata / ai se eu te cito, ai ai, se eu te cito”.

AGUIAR, André  Conto e Sociedade em Prol de Clubes ou O Shopping não é Aqui, Idiota! – João Pessoa, 2012, p. 13.

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