Ata referente ao dia 3 de março de 2012.
O gráfico da reunião foi assim:
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Em matéria de número de participantes. É isso, o eixo x diz respeito ao tempo, e o eixo y, ao número de participantes . Como eu só apareço próximo ao cume, cheguei atrasado, porque, nunca fiz uma ata do clube do conto, justifica-se o atraso nela? Minha barra de espaço tá foda, antifoda, meu tecladoquerqueasletrassaiament
Pois a reunião parecia fadada a não acontecer, parecia que não havia com quem se contar para contar algo, um conto, quando Beto apareceu com um excesso de conto, um contão, e aí isso também poderia render um bom gráfico, quantidade de conto ao longo do tempo, sairíamos do eixo x para um violento salto quase inteiramente vertical, ereto como os paus do conto, desculpa mas não vou apagar, rumo ao eixo y. Quando eu cheguei beto Lia empaugadamente seu contão, e até os erros de leitura estavam encaixando bem com aquela leitura sedenta e esfomeada e seca que avançava sobre as palavras devorando-as e engasgando-as e às vezes até cospindo-as e vomitando-as, foi bom. Vieram observações, no sentido de comentários, pra ficar claro, do tipo, isso não se anotou... Alguém disse que era a sina das atas, sua forma consagrada, o fluxo de consciência. Alguém disse que alguém disse. Mas não era a minha intenção. Deve ser porque, esse alguém, esse último alguém, um alguém superior, transcendente, esse espírito domina os ateiros, na minha terra ata é o que vocês chamam de pinha. Assim sem me lembrar, eu me sinto com as mão atadas, eu já pensava nesse trocadilho desde lá em cima. Hora de ser objetivo, 01h40 é a hora universal de ser objetivo, essa hora em que o relógio está com as pernas bem abertas em diagonal, parece uma dançarina extremamente flexível, uma ginasta, é a hora Dayane dos Santos. É essa a hora também em que, merda, essa geladeira começa a apitar, parece uma criança chorando, até que alguém aperte aquele botão, crianças são mais difíceis de serem caladas, ainda não inventaram um botão, graças ao bom pai. Respira. 
Aos três dias do mês de. 
Vai demorar muito, já é quinta.
Todos apreciaram o conto de Beto. Beto explicitou que se trata da sua leitura de Lolita. Comentou-se que, mesmo se tratando de uma longa narrativa, o texto é capaz de prender a atenção do leitor. Foi discutido ainda que as personagens devem refletir experiências reais do autor. Laudelino apontou que esse conto já havia sido lido; Beto expôs que sim, em uma versão simplificada.
Hum, acho que foi isso.
Em seguida (após um breve silêncio que dá ensejo para que o próximo contista, se não for tímido demais, possa se colocar), foi lido o conto de Thiago Arruda. Naquele dia, esses eram os dois únicos contos disponíveis (ficou claro que o outro conto era o de Beto? Não é possível...) O conto de Thiago Arruda, que era bem mais curto, em fluxo de consciência, gerou duas discussões: a primeira se referia à possibilidade de compreensão dos textos nesse formato; a segunda, ao porquê de o texto não estar justificado (Word etc.).
Deixa essa parte assim porque se tu for detalhar as discussões vai ficar grande demais. É, eu também acho. Reviso? Não, não, tá de boa. Era isso que eu queria ouvir. 
Adendo: o tema do próximo encontro é. 
(A assistente de palco puxa aos poucos o envelope. É possível ver um R, um E, um HLUM, quem consegue ler ao contrário?)
Mulher, e cada um subtematiza livremente.
Thiago Arruda
 
 
 
Um comentário:
hummmm...uma das atas mais maravilhosas que tenho lido por aqui... parabéns, Thyago!
Dôra Limeira (ausente temporária do Clube do Conto, mas um dia eu volto)
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