segunda-feira, 26 de abril de 2010

Ata que apareceu escrita enquanto dormiamos

Ata da reunião do clube do conto, realizada em 17 de abril de 2010.

No último sábado, dia 17 de abril, nos reunimos impontualmente desde as 18: 00 até bem pra lá das 20: 00, na aprazível praia de Cabo Branco, mais especificamente na Cafeteria do Fellini, sendo os primeiros chegantes André e Dália e, a última, Luciana. Entre uns e outra, batemos ponto, eu, Laudelino, Alfredo (prateado de uma medalha que não trouxe) e Beto (precisando aparar o cavanhaque com urgência). Os preâmbulos envolveram o tempo sem ventania, coisas de cinema, a economia das drogas e a distribuição de renda, a violência inerente às relações humanas, as guerras e a manutenção do equilíbrio planetário. Pesado, hein? ou não. Se olhado por outro ângulo, uma sabedoria cósmica por trás de tudo. Que diria Buda, Dália? Talvez que é tudo energia e pó, de onde viemos e para onde iremos! (?). Depois esquecemos a humanidade e outros desastres e nos queixamos dos ausentes (sinceramente não me lembro se citamos ou se estou inventando: Ronaldo, Valéria, Dora, Romarta, Cartaxo, entre outros). André confirmou que a TV nos visitará no próximo sábado. Nesta Ata, portanto, segue uma intimação aos ausentes: por favor apareçam com seus contos, senão ficaremos “mal na fita”. Informei os dias e horários de reunião do Clube do Choro e agendamos, a princípio, nossa visita à turma da música para a próxima sexta-feira, dia 23, no Caiçara Shopping, que fica em frente ao Bessa Shopping, no bairro homônimo. Quando concluímos os preâmbulos e os informes, e resolvemos tratar de coisa que vale a pena, a Literatura, descobrimos que só dois contistas fizeram o “dever de casa”, Luciana e Beto Menezes. Os outros apresentaram desculpas e coisa e tal, prometendo emendas melhores que o soneto da inadimplência recorrente. Enfim, votamos o tema do próximo sábado que será “coisas estranhas que acontecem com a gente no cotidiano e que não conseguimos explicar” (Será que traduzi correto, Alfredo? Proceda a correção de autor). Depois entramos no clima de “vamo bora que já ta tarde”, mas, e isso foi muito estranho mesmo para aquele cotidiano, pois, quando cheguei, me lamentava com Dalia e André de que nenhuma brisa soprava sobre a terra, vide a folhagem dos coqueiros absolutamente parada. Então, perto do fim de nossa reunião literária, abateu-se sobre nós uma ventania vinda não se sabe de onde, acompanhada por forte chuva, que nos manteve presos na barraca do Fellini por um tempo, depois do encerramento oficial da reunião. Laudelino me emprestou uma capa chegasosa, amarelo ovo, peguei meu carro e levei de carona André, Dália e Luciana. Do resto do povo, não dou notícia. De modo que encerro minha primeira ata desse Clube do Conto. Desculpem pelo tamanho do texto (É pra nunca mais me darem essa tarefa). Assino e passo para o complemento (se for o caso) dos que continuaram no Fellini esperando o tempo passar, a chuva parar e o vento minguar.

Regina Behar, João Pessoa, 22 de abril de 2010.

PS: Lembrem-se da mídia. Sabado.

Foto retirada de: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitdRjId7tUKsYsJ3l3jKTI4NDoPgrJt9FOcrbg5r6rl2W6SL6J708sbPsoLEA-mdLEdGDifiRIqzc0LzOIavpEGTG2-cgUdjFYj9yTw6HMjRjt99jX8yf1MBU8WX8Xpngqp19e/s400/praia.jpg

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