Ata referente ao dia 26 de outubro de 2013.
Sendo entre os convidados o menos nobre, restou-me apenas ser o mais pontual. Eu, Bonifacio II, Conde de Nihil, senhor de Nemo, cheguei aos exatos 30 minutos das 17 horas. Instantes depois fez-se presente a Rainha Behar, soberana de Parahyba e Philipéia, majestosa companhia. De seu castelo luso veio a grã-duquesa Isabel, acompanhada apenas por uma de suas servas: Valéria, aquela que, abandonada pela sanidade, desatou a colecionar Jabutis.
Rememoramos os dias ancestrais, quando socos e bofetadas eram distribuídos a todos os merecedores e lamentamos a camaradagem contemporânea que torna tão populares as luvas de pelica. A mando de sua senhora, Valéria leu um dos seus magistrais escritos, dos tempos em que ainda tinha juízo. Durante meu discurso uma entidade maligna juntou-se a nós. Tudo ao redor silenciou e escureceu. Protegidos pelos talismãs, nenhum mal caiu sobre nossas cabeças. Porém, antes de partir, a criatura medonha anunciou que retornaria e, da próxima vez, acompanhada, definindo assim o tema da semana que vem: Demônios.
Bonifacio Segundo