Grande parte dos participantes do Clube do Conto chegaram atrasados no lançamento da antologia Histórias de Sábado, pra não cometer injustiças: alguns chegaram adiantados, outros na hora marcada. O evento estava marcado pras 17h e, pra nossa surpresa, ficamos sabendo que lá eles são pontuais para fechar, tudo tinha de terminar às 18h em ponto. Lembrando que boa parte da trupe chegou em cima da hora, o lançamento começou por volta das 17h30. Quase todos os participantes do Clube subiram no palco, Valéria se disse mercenária e foi vender umas antologias.
Pois bem, Petra nos apresentou e, em seguida, Antonio Mariano comentou sobre o que é o Clube do Conto, depois o microfone, que mais parecia uma batata-quente, foi rodando de mão em mão até chegar em Barreto, que complementou o que Mariano falou, explicou o que é feito em uma reunião do Clube do Conto: leitura e discussão dos contos e o que ocorrer. Mais uma vez a batata-quente, o microfone pulava de mão em mão, até que Joana Belarmino falou o que o clube representava para ela; mais uma rodada de batata-quente e Ronaldo Monte leu um conto dele, que está publicado na antologia; de novo batata-quente, até que sugeriram a leitura de mais um conto da antologia, André foi o porta-voz nessa leitura, leu um conto de Barreto, findada a leitura, o relógio marcava 17h59, então André se despediu da platéia e agradeceu a presença de todos, estava encerrado o lançamento da antologia. 18h.
Laudelino
Ata referente ao dia 14/03/2009.
sábado, 21 de março de 2009
segunda-feira, 16 de março de 2009
Autores da Semana (1)
Semanalmente, ou quinzenalmente, ou, no máximo, mensalmente, publicaremos contos dos participantes do Clube do Conto. Estreando esta nova seção do blog: André Ricardo Aguiar.
***
André Ricardo Aguiar é leitor de todo tipo de histórias, mas quando pode, se realiza entre o terror e o humor. Publicou poesia, cometendo alguns livros, mas não satisfeito, cravou um livro de crônicas de viagem e outros dois para as crianças. Com o Rato que roeu o rei (Ed. Rocco), que foi selecionado pelo PNBE, iniciou sua mais nova fase. Do seu baú preguiçoso, ainda guarda inéditos outro livro de poemas, contos e umas bolinhas de naftalina.
***
Carmela
Quando deu por si, veio uma preguiça infinita. Estava contido espantosamente em forros de veludo, chumaços de algodão no nariz, um descabimento em madeira talhada. A princípio, o ponto de vista era o telhado. Estava morto, mas não sabia que estava. Riu-se do fato. E novamente consegui tirar essa equação: solidão, noves fora, ironia. Só o pensamento, esse motor metafísico, lembrou-lhe que estava no seu próprio velório. O que poderia fazer? Os parentes, amigos e condolentes tricotando conversas a meio tom e pondo em movimento a máquina do óbvio viver.
Teve medo de se mexer, mesmo com o rabo do olho: pois não seria de bom tom sair da etiqueta do defunto. E se causasse um movimento involuntário ao cadáver? Sim, todos estavam ali. Ouvia vozes, chorinhos abafados, murmúrios. A maior sensação era a falta de costume: pouco sentindo dos efeitos a que comumente chamamos emoções, não atinava com o ambiente. A sala, tão familiar, agora parecia também um caixão onde cabiam, provisoriamente (no sentido figurado), seus cadáveres. Sua maior estranheza foi descobrir apenas a melancólica imagem de apagados seres. Eles se moviam numa espécie de ritual sem religião.
Vieram-lhe visões sobre o que seria o rosto furtivo e sagrado do nada, o ar rarefeito, o tipo de eternidade que lhe cabia. Não adiantou, sentiu-se mais só do que um verme. Mas nada, nada causou mais espanto do que descobrir, maravilhado, que podia, com sucessivos exercícios, ir saindo aos pouquinhos de si. Não foi tão fácil. A carcaça, para alívio seu, continuava numa moldura de coroas de flores e enjôo. Pôs uma perna desajeitadamente para fora, pôs a outra, espreguiçou-se e desceu do féretro. Ninguém notou. Via tudo de forma chapada, como se a fronteira entre a vida e a morte consistisse numa lente fosca. Teve uma sensação de que ia esbarrar no farmacêutico ou em Lázaro, dono da funerária, de que podia atravessar com relativo perigo a própria esposa, mas nada disso aconteceu. Um pouco cansado – afinal, horas antes tivera grande constrangimento e desperdício de energia enquanto agonizava. O movimento ganhava alguma novidade com ruídos de choros ou pequenos escândalos para os lados da cozinha. Algo ali estava lhe chamando a atenção, como uma fluida sintonia de rádio, mas não soube precisar. Saiu andando a esmo, deixando o seu corpo em stand-by
Afinal, muito chato ficar mofando ali. Estava até meio decepcionado pela correção ética do velório. Correu dali, atravessou paredes como se fossem gelatina, foi bater nos lados do quintal para acariciar, sem tocar, seu dálmata. Em algum ponto da casa um grupo de marmanjos contava uma anedota enquanto numa escala menor, talheres e copos eram lavados com certa displicência. Sabia que o crédito da eternidade já estava no bolso, mas, segundo os padrões ainda vigentes, não deveria descuidar de suas obrigações de defunto, deveria resignar-se e tomar seu lugar, numa postura idêntica ao funcionário que toma posse de uma mesa e faz o que lhe pedem as tais forças superiores.
Estava disfarçando o nervosismo. Essa etapa intermediária entre sair da vida e pular para o desconhecido parecia um vestibular ou uma sala de espera de dentista. O sentimento de uma presença alarmava-lhe o espírito. Lembrou um trecho que lera de um livro de filosofia de almanaque: os acontecimentos de uma vida, mesmo comezinhos, poderiam vir a ser uma semente para a morte ou o que quer que esteja do outro lado. Alguma mancha afetiva de sua vida estava ali, dizia a sua recém-clarividência. E era verdade, o que pôde comprovar ao tomar o rumo do centro do velório.
Quando voltou à sala, teve uma surpresa: num canto, um pouco pálida e reservada, estava Carmela, uma prima distante que lhe devotara meteórica paixão. Não tinha dado certo e os desvios familiares mudaram a rota do destino de ambos. Agora a prima apareceu ali, um olhar entre adormecido e mórbido. Causou certo incômodo o fato de que, se ainda não falhava a memória, Carmela tinha morrido de tifo em 1957 aos dezoito anos. Estava enterrada no mesmo cemitério onde jazia a família e que seria o destino do seu corpo.
Mas agora bateu a dúvida. Tinha morrido ou não tinha morrido? Não era Amelinha, parente da parte paterna, que tinha adquirido a malfadada doença? Mas também jurava de pés juntos que ali estavam os traços inconfundíveis da prima: sua obstinação velada, seu ar meio distante, o que dava a sensação para muitos de que Carmela não tinha nascido para os dissabores do mundo – e que em verdade pouco se lhe dava viver aventurosamente. Viveu, sim, para amar alguém uma só vez toda a vida. E sua presença ali corroborava o seu estilo.
Um detalhe furtivo não lhe escapou: a prima segurava, com muito zelo, um objeto, talvez um pedaço de papel. Olhava de forma fixa para o caixão e parecia prestes a burlar a vigilância dos presentes, mas só parecia prestes. Mostrava-se consolada e esperançosa.
Estava nessas elucubrações quando sentiu a pontada metafísica, como que um cifrado chamado para tomar o seu lugar. Assumiu sua responsabilidade, embora com certa relutância, pois desejara falar com a prima, mesmo que como leve brisa assombrada. Acomodou-se o melhor que pôde no caixão e já ia afundando numa morna inexistência quando sentiu que lhe fechavam a tampa. Pela última fresta de luz mortiça uma mão pálida se insinuou e por entre as flores depositou um delicado envelope. Era um bilhete, e numa letra tremida, quase apagada, estava escrito:
CARMELA
JAZIGO 3547, À SOMBRA DO FÍCUS.
***
André Ricardo Aguiar é leitor de todo tipo de histórias, mas quando pode, se realiza entre o terror e o humor. Publicou poesia, cometendo alguns livros, mas não satisfeito, cravou um livro de crônicas de viagem e outros dois para as crianças. Com o Rato que roeu o rei (Ed. Rocco), que foi selecionado pelo PNBE, iniciou sua mais nova fase. Do seu baú preguiçoso, ainda guarda inéditos outro livro de poemas, contos e umas bolinhas de naftalina.
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Carmela
Quando deu por si, veio uma preguiça infinita. Estava contido espantosamente em forros de veludo, chumaços de algodão no nariz, um descabimento em madeira talhada. A princípio, o ponto de vista era o telhado. Estava morto, mas não sabia que estava. Riu-se do fato. E novamente consegui tirar essa equação: solidão, noves fora, ironia. Só o pensamento, esse motor metafísico, lembrou-lhe que estava no seu próprio velório. O que poderia fazer? Os parentes, amigos e condolentes tricotando conversas a meio tom e pondo em movimento a máquina do óbvio viver.
Teve medo de se mexer, mesmo com o rabo do olho: pois não seria de bom tom sair da etiqueta do defunto. E se causasse um movimento involuntário ao cadáver? Sim, todos estavam ali. Ouvia vozes, chorinhos abafados, murmúrios. A maior sensação era a falta de costume: pouco sentindo dos efeitos a que comumente chamamos emoções, não atinava com o ambiente. A sala, tão familiar, agora parecia também um caixão onde cabiam, provisoriamente (no sentido figurado), seus cadáveres. Sua maior estranheza foi descobrir apenas a melancólica imagem de apagados seres. Eles se moviam numa espécie de ritual sem religião.
Vieram-lhe visões sobre o que seria o rosto furtivo e sagrado do nada, o ar rarefeito, o tipo de eternidade que lhe cabia. Não adiantou, sentiu-se mais só do que um verme. Mas nada, nada causou mais espanto do que descobrir, maravilhado, que podia, com sucessivos exercícios, ir saindo aos pouquinhos de si. Não foi tão fácil. A carcaça, para alívio seu, continuava numa moldura de coroas de flores e enjôo. Pôs uma perna desajeitadamente para fora, pôs a outra, espreguiçou-se e desceu do féretro. Ninguém notou. Via tudo de forma chapada, como se a fronteira entre a vida e a morte consistisse numa lente fosca. Teve uma sensação de que ia esbarrar no farmacêutico ou em Lázaro, dono da funerária, de que podia atravessar com relativo perigo a própria esposa, mas nada disso aconteceu. Um pouco cansado – afinal, horas antes tivera grande constrangimento e desperdício de energia enquanto agonizava. O movimento ganhava alguma novidade com ruídos de choros ou pequenos escândalos para os lados da cozinha. Algo ali estava lhe chamando a atenção, como uma fluida sintonia de rádio, mas não soube precisar. Saiu andando a esmo, deixando o seu corpo em stand-by
Afinal, muito chato ficar mofando ali. Estava até meio decepcionado pela correção ética do velório. Correu dali, atravessou paredes como se fossem gelatina, foi bater nos lados do quintal para acariciar, sem tocar, seu dálmata. Em algum ponto da casa um grupo de marmanjos contava uma anedota enquanto numa escala menor, talheres e copos eram lavados com certa displicência. Sabia que o crédito da eternidade já estava no bolso, mas, segundo os padrões ainda vigentes, não deveria descuidar de suas obrigações de defunto, deveria resignar-se e tomar seu lugar, numa postura idêntica ao funcionário que toma posse de uma mesa e faz o que lhe pedem as tais forças superiores.
Estava disfarçando o nervosismo. Essa etapa intermediária entre sair da vida e pular para o desconhecido parecia um vestibular ou uma sala de espera de dentista. O sentimento de uma presença alarmava-lhe o espírito. Lembrou um trecho que lera de um livro de filosofia de almanaque: os acontecimentos de uma vida, mesmo comezinhos, poderiam vir a ser uma semente para a morte ou o que quer que esteja do outro lado. Alguma mancha afetiva de sua vida estava ali, dizia a sua recém-clarividência. E era verdade, o que pôde comprovar ao tomar o rumo do centro do velório.
Quando voltou à sala, teve uma surpresa: num canto, um pouco pálida e reservada, estava Carmela, uma prima distante que lhe devotara meteórica paixão. Não tinha dado certo e os desvios familiares mudaram a rota do destino de ambos. Agora a prima apareceu ali, um olhar entre adormecido e mórbido. Causou certo incômodo o fato de que, se ainda não falhava a memória, Carmela tinha morrido de tifo em 1957 aos dezoito anos. Estava enterrada no mesmo cemitério onde jazia a família e que seria o destino do seu corpo.
Mas agora bateu a dúvida. Tinha morrido ou não tinha morrido? Não era Amelinha, parente da parte paterna, que tinha adquirido a malfadada doença? Mas também jurava de pés juntos que ali estavam os traços inconfundíveis da prima: sua obstinação velada, seu ar meio distante, o que dava a sensação para muitos de que Carmela não tinha nascido para os dissabores do mundo – e que em verdade pouco se lhe dava viver aventurosamente. Viveu, sim, para amar alguém uma só vez toda a vida. E sua presença ali corroborava o seu estilo.
Um detalhe furtivo não lhe escapou: a prima segurava, com muito zelo, um objeto, talvez um pedaço de papel. Olhava de forma fixa para o caixão e parecia prestes a burlar a vigilância dos presentes, mas só parecia prestes. Mostrava-se consolada e esperançosa.
Estava nessas elucubrações quando sentiu a pontada metafísica, como que um cifrado chamado para tomar o seu lugar. Assumiu sua responsabilidade, embora com certa relutância, pois desejara falar com a prima, mesmo que como leve brisa assombrada. Acomodou-se o melhor que pôde no caixão e já ia afundando numa morna inexistência quando sentiu que lhe fechavam a tampa. Pela última fresta de luz mortiça uma mão pálida se insinuou e por entre as flores depositou um delicado envelope. Era um bilhete, e numa letra tremida, quase apagada, estava escrito:
CARMELA
JAZIGO 3547, À SOMBRA DO FÍCUS.
quinta-feira, 12 de março de 2009
Convite
LANÇAMENTO DA ANTOLOGIA HISTÓRIAS DE SÁBADO
Sábado, dia 14 de março, às 17:00 horas, na Estação Ciência no Extremo Oriental das Américas, acontecerá o lançamento do livro Histórias de Sábado. Trata-se de uma antologia de contos de vários autores paraibanos que compõem o Clube do Conto da Paraíba. A iniciativa tem o patrocínio da FUNJOPE – Fundação Cultural de João Pessoa. A publicação é da Editora Liceu, Recife. São 15 autores que, nessa antologia, publicam 95 contos.
O Clube do Conto se reúne aos sábados a partir das 16 horas, na Escola Municipal Aruanda, próximo à Praça da Paz, Conjunto dos Bancários. Este grupo literário é aberto, não tem fins lucrativos, não se exigem taxas nem anuidades aos participantes. Aos que desejam participar do Clube do Conto, não se exige nem mesmo a obrigatoriedade de escrever rigorosamente toda semana. Basta que goste de literatura, que goste de ler contos, que ame o bom livro. O Clube do Conto é um compartilhar de experiências, é um espaço alternativo onde os participantes, além de ler contos, também podem expor seus escritos e receber feedbacks dos demais participantes.
***
ESTAÇÃO CIÊNCIA
17 HORAS
SÁBADO
DIA 14 DE MARÇO DE 2009
ANTOLOGIA "HISTÓRIAS DE SÁBADO"
Sábado, dia 14 de março, às 17:00 horas, na Estação Ciência no Extremo Oriental das Américas, acontecerá o lançamento do livro Histórias de Sábado. Trata-se de uma antologia de contos de vários autores paraibanos que compõem o Clube do Conto da Paraíba. A iniciativa tem o patrocínio da FUNJOPE – Fundação Cultural de João Pessoa. A publicação é da Editora Liceu, Recife. São 15 autores que, nessa antologia, publicam 95 contos.
O Clube do Conto se reúne aos sábados a partir das 16 horas, na Escola Municipal Aruanda, próximo à Praça da Paz, Conjunto dos Bancários. Este grupo literário é aberto, não tem fins lucrativos, não se exigem taxas nem anuidades aos participantes. Aos que desejam participar do Clube do Conto, não se exige nem mesmo a obrigatoriedade de escrever rigorosamente toda semana. Basta que goste de literatura, que goste de ler contos, que ame o bom livro. O Clube do Conto é um compartilhar de experiências, é um espaço alternativo onde os participantes, além de ler contos, também podem expor seus escritos e receber feedbacks dos demais participantes.
***
ESTAÇÃO CIÊNCIA
17 HORAS
SÁBADO
DIA 14 DE MARÇO DE 2009
ANTOLOGIA "HISTÓRIAS DE SÁBADO"
segunda-feira, 9 de março de 2009
A ATAH KI AMUUU D+
Fui numa Lan House da periferia para uma missão importante. Dar conta de uma ata antes que perdesse a memória afetiva (e crítica) dos fatos. Era a terceira vez, depois de minhas leituras de espionagem baratas, que não dou conta dos fatos mais próximos das reuniões secretas do clube, quando me perco tentando montar a seqüência lógica e quântica dos acontecimentos. Temas áridos que não rendem contos se superam e encontram agentes curiosos e disseminadores de linguagens que, até pouco tempo atrás, nem existia (como o miguxês, um primor de tatibitate e byte). A Lan House estava prestes a fechar, e adolescentes cuja orientação sexual não pude discernir, me indicaram que o computador mais velhinho com internet trapaceava no tempo (o que me daria a chance de fazer a ata no modo “arcaico” e ainda tecer digressões a Sterne que me são tão caras – como o fato de sapecar esses pensamentos intercalantes e comentar o quanto gosto de escrever atas enquanto penso em filmes noir e desenhos da Warner).
Lembro, se não me falha o processamento mnemônico, que a possível Tatiana não apareceu – e que o ateiro pode ter sido acometido da vertigem diacrônica onomástica – mal que causa com a combinação abusiva do branco com o sabor das tardes escolares – e que a figura em questão comporta um Ana seguido de um Regina – e queiram tentar unir as duas pontas, pois não ouso dizer nome tão bonito sem perder labiais e linguodentais.
Da reunião, que faria inveja aos cupinchas de Scarface, estavam presentes o melífluo Raoni (de uma tribo de pixels remanescentes) , Alfredo, da máfia fantasiosa oulipense, Valéria, índice de diversidade narrativa guarânica, Barreto, fazendeiro do ar (porque necas de seus contos e quanta saudade disso...) André Dias & Noites, clone ambíguo de outro menos talentoso, Dôra, a inquieta e heroína dos acentos circunflexos e das escatologias, Laudelino, matemático nas horas vagas e uma equação ambulante, Bené, que se inaugura com classe e Beto Menezes, discípulo da velocidade e do quantum. Afora o Guardião, misto de macaco e detrator dos que se ausentaram na/da reunião, quem poderá minimizar o poder e a influência do clube no destino das formigas? Vale salientar (vão fechar a lan house e eu ainda não lanchei e eu não suporto a adolescente ao lado martelando miguxês de alto impacto) que o próximo sábado é histórico para o Clube, que lançará seu bendito livro de contos na Estação Ciência. E (estou sendo expulso pelo brutamontes da lan house, tento jogar com frio desespero meus caraminguás de centavos para concluir duas ou três frases sobre o próximo tema que é............ ......... ....
Ata referente ao dia 7 de março de 2009.
Lembro, se não me falha o processamento mnemônico, que a possível Tatiana não apareceu – e que o ateiro pode ter sido acometido da vertigem diacrônica onomástica – mal que causa com a combinação abusiva do branco com o sabor das tardes escolares – e que a figura em questão comporta um Ana seguido de um Regina – e queiram tentar unir as duas pontas, pois não ouso dizer nome tão bonito sem perder labiais e linguodentais.
Da reunião, que faria inveja aos cupinchas de Scarface, estavam presentes o melífluo Raoni (de uma tribo de pixels remanescentes) , Alfredo, da máfia fantasiosa oulipense, Valéria, índice de diversidade narrativa guarânica, Barreto, fazendeiro do ar (porque necas de seus contos e quanta saudade disso...) André Dias & Noites, clone ambíguo de outro menos talentoso, Dôra, a inquieta e heroína dos acentos circunflexos e das escatologias, Laudelino, matemático nas horas vagas e uma equação ambulante, Bené, que se inaugura com classe e Beto Menezes, discípulo da velocidade e do quantum. Afora o Guardião, misto de macaco e detrator dos que se ausentaram na/da reunião, quem poderá minimizar o poder e a influência do clube no destino das formigas? Vale salientar (vão fechar a lan house e eu ainda não lanchei e eu não suporto a adolescente ao lado martelando miguxês de alto impacto) que o próximo sábado é histórico para o Clube, que lançará seu bendito livro de contos na Estação Ciência. E (estou sendo expulso pelo brutamontes da lan house, tento jogar com frio desespero meus caraminguás de centavos para concluir duas ou três frases sobre o próximo tema que é............ ......... ....
Ata referente ao dia 7 de março de 2009.
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