Na retomada das atividades após as festas de fim/começo de ano, tivemos reunião bastante concorrida, com alguns aboios e algumas novidades no pasto. O professor Walter, um senhor alto, moreno, membro da AMCBU, adentrou o recinto, querendo saber o que se significava aquilo, tanta gente ao redor de uma mesa falando, falando, falando. Achando interessante nossa reunião, mostrou-se curioso, fez algumas perguntas a título de se informar, sentou-se e acompanhou todo o desenrolar. Houve um conto onde se trabalhou a “linguagem” dos animais. Entre crocitares, cacarejares, mugires e outros modos de expressão dos bichos, Waldir Amorim desenvolveu sua tarefa sobre “aboio”. Outros contos sobre o tema foram apresentados, em meio a necessidades e inquietações. E por que não dizer, em meio a certa dosagem de tédio. Um dos assuntos abordados após a leitura dos contos foi sobre dicionários virtuais, caldas aulettes, houaisses, aurélios digitais, demonstrando-se por a mais b que dicionários virtuais são mais práticos, mais ágeis. No entanto, há sempre os que resistem, preferindo carregar os pesados tomos de dicionários impressos, suas capas duras, suas intermináveis folhas de bíblias. Nesse grupo, incluo-me sem medo de parecer careta. Após barulhentas discussões, sem conclusões, um dos participantes da reunião sentiu uma necessidade muito grande, uma inquietação enorme, achando que devemos convidar vez em quando um escritor “de fora” para dialogar com o clube do conto, repassar sua experiência na atividade da escrita, etc. Esse “vez em quando” será a cada última reunião do mês. Aprovada sem muito entusiasmo, a proposta já prevê a presença de Solha como primeiro convidado. Vamos aguardar com certa inquietação. Outra novidade é a sugestão de que devemos experimentar fazer contos diferentes, estruturalmente. A proposta foi aceita, mas não que passe a ser norma ou regra ou lei. Particularmente, eu sinto a necessidade ou inquietação de ler contos. Se repararmos direitinho, poucos estão escrevendo, alguns poucos escrevem poucos contos. Pode ser uma fase de refluxo. Ah, mas isso não tem nada a ver com ata. Isso são somente reflexões pessoais minhas, desculpem. Para terminar, não existe tema específico para essa semana. Cada pessoa, querendo, escreve um conto com estrutura diferente das estruturas tradicionais ou convencionais. Não querendo, escreve do modo já tradicional. Não querendo ainda, não escreve nada. Termino aqui esta ata, dando o dito pelo não dito. Assino embaixo e dou pouca fé.
Dôra
2 comentários:
Bravo, Dôra! Belíssima ata! Inaugurou com estilo as atas de 2008!!!
Eu também gostei da ata, mas sou supeita porque sou filha da mãe (kkkkk). Um dia, quando eu crescer, quero ser de clube também. Um beijo de ano novo para todos e todas.
Nara Limeira
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