segunda-feira, 27 de julho de 2009

Os contistas da távola redonda

Ata referente ao dia 25 de julho de 2009

Tarde de sábado. Estiveram presentes Valéria, Vivi, Beto e Eli, Bonifácio e Vivi, André R. Dias, Ricardo Fabião, Carlos Cartaxo, Alfredo, Dôra, Laudelino, André com filha e prima. O Coelho's comporta mais uma vez uma grande turma que, além da leitura propriamente dita dos contos, faz acontecer um evento. Exemplo é a existência da nossa revistinha Ponto, que o Alfredo executa e reparte aos investidores.

A reunião aconteceu na mesinha circular, e conseguiu comportar a leva de participantes. Ainda prosseguimos com a campanha Literatura na Privada, com livros distribuídos de graça nos banheiros do restaurante. Que haja uma torcida para que esta prática se dissemine para outras privadas espalhadas na cidade. Literatura também é necessidade.

Ainda com os temas vigentes, foram lidos contos de Revista e Membrana. E continua sugerida a possível brincadeira dos contos cegos, prática que consiste em ler contos sem a autoria, para que sejam adivinhadas.

Depois que foi acatada a sugestão do tema-gênero Ficção Científica, e com a notícia da venda de dvds de uma famosa locadora dos Bancários, parte do grupo se dirigiu à mesma, inaugurando uma espécie de Clube do Vídeo para, quem sabe, posteriormente lançar a proposta de um encontro de cinéfilos-contistas.

Um pouco depois, um grupo menos se reuniu num barzinho da Praça da Paz e cometeu a brincadeira de improvisar um conto oral, cada um ditando uma palavra por vez. O resultado poderá ser conferido em breve.

Sem mais delongas, esta é a ata.

André Ricardo Aguiar

***

O Clube do Conto se reune aos sábados, a partir das 16h45, no Bar & Restaurante Coelho´s, na cidade de João Pessoa-PB.

sábado, 25 de julho de 2009

Por que Literatura é também partilha

Em férias na bela capital da Paraíba, tive a grata satisfação de, juntamente com a amiga e premiada escritora Dôra Limeira, participar de uma reunião do Clube do Conto. Era um belo final de tarde, 11 de julho, um sábado, no restaurante Coelho's em João Pessoa. Fui recebida com muita simpatia pela trupe animada: Alfredo Albuquerque, Valéria Rezende, Ricardo Fabião, Vivi e seu namorado Bonifácio, Yolanda, Cartaxo... Entre leituras de textos, comentários apimentados, suco de laranja e muita curiosidade, recebi de Dôra um exemplar do "Histórias de Sábado", uma coletânea dos trabalhos literários do clube, e da Valéria o exemplar número zero da "revista ponto" "que dá início a uma nova fase do Clube do Conto da Paraíba, porque somos muitos e palavras são habitações que não podem prescindir de moradores", diz um excerto do texto de abertura da revista, fiquei emocionada com tão valiosas prendas. Na sequência, ofereci para sorteio entre os presentes um exemplar do livro "Meus Outros" o qual ficou com a simpática Vivi.

Foi uma sorte e uma alegria imensa ter esta oportunidade, grata por tudo querida Dôra Limeira e toda a turma do Clube do Conto, pela calorosa acolhida e agradáveis momentos, onde foi possível enriquecer literariamente além de fortalecer laços de amizade e intercâmbio cultural.

Quem se interessar visitará o endereço: http://clubedoconto.blogspot.com/. A navegação garante aos leitores belíssimas histórias; literatura da mellhor qualidade. Bom passeio!

Texto escrito pela escritora e artista plástica Tere Tavares

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Tabela dos contos cruzados

Na época em que o Clube do Conto se reunia no quintal do Shopping Sul (meados de 2006), tivemos a ideia de fazer um conto a várias mãos, onde cada participante iria escrever um parágrafo da trama. A princípio deveria ser apenas um único conto, mas a turma foi ficando impaciente e cada um queria iniciar um conto. Dessa agonia para escrever, mais doze contos foram criados e foi dose organizar a sequência em que cada participante iria escrever cada parágrafo dos 13 contos coletivos.



Barreto, dinâmico, metódico e organizado como era, criou uma tabela intitulada TABELA DOS CONTOS COLETIVOS, tinha prazo de entrega e tudo, mas não contava com os relapsos de cada participante. Um participante faltava com sua obrigação, ou não comparecia a reunião, e o conto ficava sem um parágrafo, então outra pessoa substituia; o faltoso entregava o parágrafo do conto depois, com isso tinham 2 terceiros parágrafos de um conto, a história já ia se ramificando em duas; outra pessoa gostava da ideia de ramificação e dava continuidade ao terceiro parágrafo B, outro continuava a partir do terceiro parágrafo A. Enfim, a TABELA DOS CONTOS COLETIVOS, que chegou pra arrumar, estava toda desarrumada e uma ruma de vozes gritantes se entrecortavam tentando pôr ordem na casa.

No final das contas, apenas um conto foi concluido, o qual foi iniciado por M.ª Valéria Rezende, e encerrado por Ronaldo Monte.

Laudelino

terça-feira, 21 de julho de 2009

Saudosas Atas do Clube do Conto



As antigas Atas do Clube do Conto não são mais produzidas, por isso, para aqueles que não tiveram oportunidade de adquirir um exemplar, estamos disponibilizando eletronicamente esta antiga publicação do Clube.

A edição de número 2 reune contos sobre o tema vampiro, dos autores Dôra Limeira (Seria casada aquela moça?), Ronaldo Monte (O vampiro do meio-dia e Teias e nós), Valéria Rezende (Emprego público é a salvação), André Aguiar (Beto e Clarinha), Geraldo Maciel (Quando o relógio) e Antônio Mariano (Vampiros). Patrono da edição: Bram Stoker.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Elocubrações em torno de cordas, clichês e outras coisas


Relato resumido da reunião de 20 de julho de 2009.

Tudo levava a crer que a reunião de sábado passado seria esvaziada. Muita chuva, água invadindo sapatos e sandálias, respingando em roupas. A temperatura parecia estar mais fria do que comumente naquele final carregado de tarde, no Coelho. Mas aos poucos vão chegando “aquelas estranhas criaturas”, trazendo seus contos, suas peças de teatro, suas conversas. Chegam, desenvoltas, e ocupam lugares em volta da fogueira imaginária. Querem ouvir histórias, contar histórias, querem trocar idéias. É assim que se encontram no Bar e Restaurante Coelho´s Ronaldo Monte, Valéria Rezende, Alfredo Quadro, Bonifácio, Vivi companheira de Bonifácio, Ricardo Fabião, Vivi II irmã de Valéria e Laudelino (desculpem se esqueci alguém). No finalzinho da reunião, chega Cartaxo.

Entre cordas e clichês, as histórias fluem sob os olhares e ouvires dos contistas presentes. Aliás, nem só de contistas vive o Clube do Conto. Existem as figuras cúmplices que costumam não escrever nada, mas são fundamentais enquanto platéia que interage nesses espetáculos dos sábados às tardinhas. Uma química vinda não se sabe de onde congraça todos, em sintonia.

Alfredo sacou de sua bolsa misteriosa o número zeríssimo da revista ponto, edição que homenageou o inesquecível Barreto. Distribuídos os exemplares da revista entre os presentes, iniciam-se as leituras dos contos.

Eu li um conto à sombra do tema “clichê”, aliás, tema vencido desde a semana passada. “Acorda, Pedro!!! Acorda!” Esta é a exclamação vocativa que inicia o conto de Valéria Rezende dentro do tema “corda”. Aliás, chuveram cordas no recinto do Coelho´s, naquela tarde nublada. Além de Valéria, Alfredo leu seu conto intimista, hermético e de difícil adentramento: “O Jardim das Cordas”. Além de Alfredo, Ricardo Fabião esteve presente abordando o tema da semana, com o seu conto “Pacto Silencioso”. Menino e menina querendo brincar de pular corda, um final muito triste e... eis o resumo deste pacto de Fabião. Esgotados os contos sobre cordas e clichês, Ronaldo leu o que chamou de peça teatral “Um dia, um homem...” Mas a opinião geral é que o trabalho de Ronaldo está mais para um ótimo conto do que para uma boa peça de teatro.

A essa altura, precisei me retirar da reunião por motivo de ter uma pessoa da família gravemente enferma (Maria José Limeira). De modo que fiquei sem saber qual será o próximo tema. Quem souber, que faça um adendo ao que estou acabando de escrever e que todos devem estar chamando de “Ata”.

Não cheguei a ver a leitura do conto de Bonifácio companheiro de Vivi. Mas, lendo em casa, percebi que se trata de uma novidade: o conto chamado “Uma e cinquenta e três”, que tem algo de policial misturado com algo de mistério, na minha interpretação. Conto muito bom, embora ainda passível de uma revisão.

Ah, quem passou rapidamente junto à nossa mesa de reunião, ou seja, à beira de nossa fogueira improvisada e imaginária, foi o Hildeberto Barbosa, que muita gente chama de poeta. Tudo que conseguiu dizer foi: “Poxa, o Clube do Conto melhorou de situação financeira?”.


Não tendo mais nada a declarar, dou por encerrado isto que muita gente chama de ata. Desculpem os lapsos, as interpretações objetivas e subjetivas, as lacunas, o falar mal, o falar bem. Aceito correções, repreensões e adendos. Assino hoje, segunda feira, dia 20 de julho de 2009.

Dôra Limeira


(a imagem foi colhida em www.planetaeducacao.com.br/.../)

***

Participe das reuniões

As reuniões do Clube do Conto ocorrem aos sábados, a partir das 16h45, no Bar & Restaurante Coelho´s, na cidade de João Pessoa-PB (bairro dos Bancários - próximo ao Carrefour e ao posto Texaco).


***

domingo, 19 de julho de 2009

revista ponto, número zero

A revista ponto #0 está disponível on line, clique aqui para ler.

***

Ressuscitamos as saudosas Atas do Clube do Conto através da revista ponto (32 páginas, capa em papel couché, formato compacto: 10,5 x 14,5 cm).



O Clube do Conto, que nada mais é do que um número indefinido de parceiros em uma espécie de novo decameron, inicia aqui uma revista e faz uma justa homenagem ao amigo e escritor que, antes de partir, não fez estardalhaço e soube contar a vida com arte em suas histórias, Geraldo Maciel ou, para os mais próximos, Barreto, idealizador das famosas Atas do Clube do Conto da Paraíba, norteou boa parte de sua vida para a construção do seu reino de palavras e de uma editora que tratava com carinho as palavras dos outros.

Este primeiro número de ponto, ainda experimental, além de trazer um pouco da querida figura do contista através de sua lavoura, também traz depoimentos sobre o autor de Aquelas Criaturas tão Estranhas e contos e crônicas inspirados nele. E dá início a uma nova fase do Clube do Conto da Paraíba, porque somos muitos e as palavras são habitações que não podem prescindir de moradores. A casa, portanto, faz é o próprio convite. Que aqui já está feito.

Texto adaptado do editorial da revista ponto.

***

Por apenas 2 reais, você pode adquirir um exemplar da revista ponto, basta comparecer a uma de nossas reuniões, que ocorrem aos sábados, a partir das 16h45, no Bar & Restaurante Coelho´s, na cidade de João Pessoa-PB (bairro dos Bancários - próximo ao Carrefour e ao posto Texaco). Outra opção é entrar em contato via comentário ou email: clubeconto@gmail.com.

***

terça-feira, 14 de julho de 2009

Coelhos e cartolas

Clube do conto. Guarde este nome. E se inventar de ir ao restaurante Coelhos em algum sábado no período do fim de tarde, perceba: pequenas infâmias, pecados, guerras particulares, casos e descasos, fábulas e anedotas, nada escapa à região magnética dos contistas e fofoqueiros ali presentes.

Para este sábado que passou mais uma reunião provou-se pródiga. Com a presença de Alfredo garantimos mais uma vez a possibilidade de publicarmos nossa revista. Foram doados valores para a manutenção da mesma. Mais uma vez, Bonifácio e sua namorada Vivi marcaram presença. Valéria e sua irmã, também Vivi, além de uma amiga, Yolanda, tomaram assento. Mais uma vez, Valéria cuidou de falar o conto, de memória azeitada. Se essa moda pega, a economia de papel será um fato. Cartaxo também marcou presença. Duas novas vozes mostraram seu estilo: Têre Tavares, de Cascavel (PR) e Ricardo Fabião, que da área musical (fez parte do Limusine 58) pousou na literatura e mostrou o mesmo talento. Dôrinha trouxe mais um conto (suponho que requentado) assim como eu. Ainda mais: tivemos um sorteio de um livro da Têre que foi parar nas mãos de Vivi, Valéria’s sister. Versamos sobre temas como Perversão e Clichê. Que por sinal, rondou um tema recorrente: casamento.

Agora, é esperar que o próximo tema realmente fique bem atado: corda. Assim como esta ata.
Quem quiser que conte mais.

André Ricardo Aguiar

***

Participe das reuniões

As reuniões do Clube do Conto acontecem no Bar & Restaurante Coelho´s, na cidade de João Pessoa-PB (no bairro dos Bancários - próximo ao Carrefour e ao posto Texaco), todos os sábados, a partir das 16h.


***

domingo, 5 de julho de 2009

Ata de 4 de julho de 2009.

Ontem, 4 de julho, dia da independência do país de Obama, muitas coisas aconteceram no Coelho´s. A primeira coisa que se há de registrar foi o reingresso triunfal de Joana Belarmino e seu bom humor de sempre. Adentrou o recinto acompanhada de nossa discreta cúmplice Gláucia Lima, cantora que, quando solta a voz com uma beleza na alma, emociona. Eu mesma já tive oportunidade de me emocionar várias vezes com o som glauciano dizendo acorde, acorde, estou aqui pra cantar. Há que se registrar também as presenças de Vivi e Bonifácio que, ultimamente, vêm retomando o gosto de nos freqüentar, para nossa alegria. André Ricardo chegou tarde, já noite plena, atrasado por estar sempre, nos horários de reunião, embevecido trocando e comprando filmes em dvd na calçada do Shopping Sul, coisa perfeitamente perdoável nesses tempos de pirataria geral. Alfredo Quadros também esteve na reunião, constantemente empolgado com a Ponto, revista do Clube do Conto, cujo novo formato foi concebido pelo próprio Alfredo. Cartaxo e Laudelino passaram meteoricamente pelo Coelho´s, somente para matar saudades. Tinham compromissos outros.

Neste segundo parágrafo, registra-se um fato inédito acontecido na última reunião do Clube do Conto: não houve contos. Pelo visto, temas como maconha, revista e outros temas sérios, decididamente, não empolgaram. Ao invés de contos, tivemos algumas leves discussões sobre filmes, romances, falamos sobre personagens que passaram pelo Clube do Conto, alguns deixando marcas, outros saindo marcados. Como sempre, Barreto foi lembrado enquanto personagem que deixou marcas profundas. Figuras inesquecíveis foram citadas com acentos de saudades, por suas prolongadas, inexplicáveis e misteriosas ausências. São os casos de Cláudio Rodrigues, Pepita Cavalcanti e Ramon Limeira, meu primo em terceiro grau. Tragado pelo Correio das Artes, Antônio Mariano é outra figura que, quando falta, faz falta. Outros e outras foram lembradas na reunião de ontem, mas o espaço deste parágrafo não comporta tanta gente.

Passando agora ao terceiro item desta ata (aliás, eu não sabia que existiam parágrafos em atas), passo a relatar que: dando prosseguimento à velha campanha “Esqueça um Livro”, eu, Dôra Limeira, levei dois livros para o Coelho´s com a finalidade de esquecê-los por lá. Já estava cansada de deixar livros em bancos de praça, em agências bancárias, em aeroportos, em mesas de restaurantes e ter que aturar as pessoas correndo atrás de mim para me devolver e me dizer desculpe, senhora, a senhora esqueceu este livro. Diante do exposto, decidi que o único lugar onde provavelmente as pessoas não devolveriam os livros encontrados seria o sanitário. Enquanto se “aliviassem” ou “obrassem”, é possível que as pessoas folheassem o livro e quem sabe levassem para casa. A idéia dessa campanha, logo batizada por André Ricardo de “Literatura na Privada”, teve ampla aceitação e imediatamente foi posta em prática. Com dedicatória “a você, que encontrou este livro, etc...” de imediato seguiram para os sanitários feminino e masculino do Coelho´s dois livros de bom gosto: um livro de contos e uma obra de crítica literária. Na dedicatória, foi solicitado aos que acharem os livros que escrevam para meu e-mail dizendo se gostaram ou repudiaram. A amiga Vivi logo se dirigiu ao sanitário feminino com o livro de contos e Bonifácio levou o de crítica literária ao sanitário masculino. E seja o que Deus quiser. Minha sugestão é que a campanha se estenda a diversos pontos da cidade, seja em shoppings, cinemas, supermercados, teatros e até em espetáculos de ruas (nos chamados sanitários químicos). Pede-se a quem aderir à campanha “Literatura na Privada”, que deixem seus livros com dedicatórias e seus e-mails para que as pessoas possam mandar uma opinião. Será interessante que, no oferecimento, faça-se referência ao Clube do Conto como forma de nos divulgar. Agora, uma pergunta: o que vocês acharam da campanha?

Quanto ao tema para essa semana, foi sugerido e acatado “Clichê”. Por falar nisso, relendo esta ata do começo ao fim, verifico que não usei clichê algum. No mais, “sem novidades no front”.

Tenho dito, mas quem quiser dar o dito pelo não dito, que fique à vontade.

Abraço.

Dôra Limeira

(a ilustração da ata foi tirada de www.incerteza.org)

***

Participe das reuniões

As reuniões do Clube do Conto acontecem no Bar & Restaurante Coelho´s (no bairro dos Bancários - próximo ao Carrefour e ao posto Texaco), todos os sábados, a partir das 16h.


***