No começo, era eu sozinha, esperando entre ficar na calçada ou adentrar o recinto. Quando estava nesse dilema, vejo um carro se preparando para estacionar, alguém no carro me chamou. Quem seria? Abrem-se as portas do carro e... olhem quem chegou: Joana, Mariana e o namorado (desculpe, Joana, não sei o nome dele). Entramos, já estava quase escuro. Tateamos em busca de um interruptor de luz, procuramos, procuramos, até que enfim o namorado de Mariana achou. Graças! Acendemos as lâmpadas, tiramos cadeiras e banquinhos da mala do meu carro e arrumamos o cenário e os adereços. Para quem não sabe, já temos mesas e cadeiras nossas, as cadeiras compradas com o dinheiro daquelas atas, lembram? Esses apetrechos estão bem guardados na associação, trancados e amarrados com grossas correntes e cadeado. A propósito, quem doou as mesas? Levei uma garrafa de café já doce, bem forte, bem quente, e copos descartáveis. Enquanto isso, mais pessoas iam chegando. Valéria, André Ricardo 2, Mariano, André Ricardo 1 chegaram e o circulo em volta das mesas se coloria cada vez mais. Mas, antes que chegasse qualquer pessoa, Laudelino passou por lá com duas crianças suas sobrinhas. Conversou um bocadinho, mas teve que se ir por causa das crianças. Os contoclubistas estiveram muito barrulhentos, tagarelas, ainda agitados com o novo ambiente. Discutia-se sobre tudo, abobrinhas pequenas e grandes. Recuamos as mesas para ficarmos a salvo da friagem, ficamos lá num recantinho protegido da ventania. Já totalmente escuro, Gláucia Lima ligou para Joana dizendo que estava a caminho. Decidimos esperar por ela para podermos iniciar as demonstrações dos deveres de casa. A fornada de contos dessa vez foi excelente. Valéria propôs que organizemos antologias temáticas para serem editadas por uma editora chamada “Livro Rápido”. Claro que todo mundo concordou. Os naufrágios estiveram de primeira qualidade. Só não naufragou quem não quis. André Ricardo 1 afundou atrás de um monte de baleias, chegou a encalhar numa baleia enorme, a mais atraente delas. Bem, são detalhes que estão na minha lembrança. Outros detalhes devem ter me escapado, coisa muito natural. Não sei se citei todos os nomes que estiveram presentes. Se esqueci algum, também é coisa muito natural. Memória alguma é de ferro. Conversa vai, conversa vem, chegou-se à definição do próximo tema: “fronteira” (aqui pra nós, tema meio insosso). Esta ata é dedicada a todos e todas que não comparecem a pretexto de qualquer motivo. Dou pouca fé e assino.
Dôra
Dôra
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